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Governo não quer interromper negociação Embraer/Boeing, mas estuda termos de acordo, diz GSI

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Imagem: Divulgação

Por Ricardo Brito

07/01/2019 12h36Atualizada em 07/01/2019 13h23

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno, afirmou nesta segunda-feira (7) que o governo do presidente Jair Bolsonaro não está pensando em interromper a negociação do acordo de aliança da Embraer com a Boeing.

Porém, ele afirmou que o governo está "estudando" os termos do acordo acertado no final do ano passado entre as empresas. Segundo Heleno, o governo quer um acordo que seja "o melhor possível para o país".

"Não, não está se pensando em interromper essa negociação não", disse Heleno, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto após a solenidade de posse de novos presidentes do Banco do Brasil, Caixa e BNDES.

A Embraer aceitou vender 80% de sua divisão de aviação comercial, a principal da empresa, para a formação de uma joint-venture (empreendimento conjunto) com a Boeing, em um acordo anunciado em 17 de dezembro. Um dispositivo do acordo permite que a Embraer possa mais adiante vender os 20% restantes à Boeing.

Questionado sobre a possibilidade de venda do restante da empresa, Heleno afirmou que "hoje mesmo foi colocada a necessidade de se estudar se essa forma é a ideal ou se vamos pleitear outro tipo de sugestão", afirmou.

Bolsonaro mostrou preocupação com acordo

Na sexta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é favorável à aliança entre as empresas, mas que tinha preocupações sobre o futuro da companhia brasileira nos próximos anos. O comentário gerou um forte movimento de realização de lucro nas ações da fabricante nacional.

Em evento junto a representantes da Aeronáutica, na Base Aérea de Brasília, Bolsonaro disse na ocasião que "seria muito boa essa fusão... mas é uma preocupação nossa daqui cinco anos tudo ser repassado para o outro lado. É um patrimônio nosso".

O acordo, que aguarda há meses aprovação do governo e já elevou o valor da divisão comercial da Embraer de US$ 4,75 bilhões para US$ 5,26 bilhões, não envolve os negócios da empresa brasileira nas áreas de aviação executiva ou de defesa.