MDB e PP ficarão alijados se não participarem de bloco à reeleição de Maia, diz Bivar
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do PSL e deputado federal eleito, Luciano Bivar (PE), disse à Reuters nesta terça-feira que o MDB e o PP vão ficar "alijados" de ter uma participação decisiva na Câmara se não integrarem o bloco de partidos que apoiam a reeleição do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"A tendência deles é ficar alijados de tudo. Eles devem se aliar para não ficarem alijados politicamente e não ter voz em suas posições", disse Bivar.
O presidente do PSL disse não acreditar que o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), saia candidato a presidente da Casa. PP, MDB e outros partidos do centrão articulam lançar um nome apoiado por um bloco partidário a fim de se contrapor à reeleição de Maia, que fechou apoio do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e outras sete legendas.
Para Bivar, a candidatura de Maia está "bem fortalecida" e que, com os apoios recentes, "deve ganhar já no primeiro turno".
O presidente do PSL disse que a preocupação do partido é dar sustentação ao governo Bolsonaro e que, pelo acordo fechado com Maia, "nada mais consistente" participar de alguns comissões da Câmara. Para ele, esses cargos não são bônus, mas sim ônus diante da representatividade que o PSL vai ter na próxima Câmara --por ora a legenda será a segunda maior da Casa, com 52 deputados.
SENADO
Bivar disse que a candidatura à Presidência do Senado do deputado federal e senador eleito pelo PSL, Major Olímpio (SP), é para valer e não há, por ora, qualquer possibilidade de retirada de candidatura dele em prol de um bloco de partidos que apoiem, por exemplo, o senador e ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati (CE).
Nos bastidores, um grupo de senadores tenta articular uma frente com uma candidatura a fim de fazer frente ao ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL), tido como um forte oponente.
"Temos 20 dias e precisamos de alguém que vai proteger a pauta no que diz respeito às reformas", disse Bivar, ao destacar que Olímpio relutou em aceitar se lançar candidato à presidência do Senado e que não deverá abdicar da disputa. "Isso não é o objetivo da candidatura dele", completou.
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