Ministro do Turismo é exonerado para tomar posse na Câmara
(Reuters) - O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o cargo de deputado federal, e retornará ao comando do ministério ainda nesta semana, informou o Palácio do Planalto nesta quarta-feira.
A exoneração de Antônio foi publicada no Diário Oficial da União dois dias após o ministro ter sido alvo de denúncia feita pelo jornal Folha de S.Paulo sobre a criação de candidaturas de fachada durante a campanha eleitoral em Minas Gerais para direcionar verbas públicas para empresas ligadas a seu gabinete.
De acordo com a Secretaria de Imprensa do Planalto, a exoneração não tem qualquer relação com a denúncia, e Antônio (PSL-MG) se licenciou do cargo para assumir a vaga na Câmara e deve retornar ao comando do Ministério do Turismo até o fim da semana. Ele não havia tomado posse na Câmara antes porque passou por um procedimento cirúrgico e estava hospitalizado, acrescentou a secretaria.
Em publicação no Twitter na manhã desta quarta-feira, Antônio afirmou: "Em tempos de fake news, importante avisar: hoje tomo posse na Câmara dos Deputados e amanhã retorno às atividades frente ao Ministério do Turismo".
Segundo reportagem da Folha na segunda-feira, o comando nacional do PSL repassou 279 mil reais para quatro candidatas de Minas Gerais, cumprindo a cota exigida pela lei eleitoral de no mínimo 30 por cento de candidatas mulheres, após indicação do PSL mineiro, presido à época por Antônio. As quatro candidatas juntas teriam recebido menos de 2 mil votos na eleição do ano passado.
De acordo com o jornal, pelo menos 85 mil reais dos recursos recebidos pelas quatro candidatas teriam sido repassados a assessores, amigos ou familiares do atual ministro.
Em uma nota publicada nas redes sociais em resposta ao jornal, Antônio acusou a Folha de tentar desestabilizar o governo com "ilações falsas" e denúncias vazias.
Questionado sobre a denúncia, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que, se confirmadas, as denúncias são "graves" e precisam ser investigadas.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro, e Lisandra Paraguassu, em Brasília)
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