Dólar recua ante real aguardando Guedes na CCJ para debater Previdência
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar caía ante o real nesta quarta-feira, com o mercado focado na participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Às 10:26, o dólar recuava 0,35 por cento, a 3,8434 reais na venda. Na véspera, a moeda encerrou com recuo de 0,5 por cento, a 3,8569 reais na venda, a quarta queda consecutiva.
O dólar futuro caía cerca de 0,2 por cento.
Há grande expectativa em torno da ida de Guedes à CCJ, prevista para 14h, uma vez que agentes financeiros esperam obter mais sinalizações sobre a tramitação do texto e também sobre o relacionamento entre o ministro e os deputados.
"Independente de questões ligadas ao mérito da proposta que serão analisadas nas reuniões de comissão especial, é interessante observar como vai estar o clima entre o ministro e os deputados depois dos entreveros na semana passada entre o Legislativo e o Executivo", disse o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
Na véspera, o relator da Previdência na CCJ, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), disse que os pontos da proposta que foram alvos de críticas, como as mudanças ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), devem ficar para a comissão especial, próxima etapa da tramitação.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por sua vez, afirmou que essas questões criticadas, que incluem também a aposentadoria rural, não devem "sobreviver" à comissão especial, e avaliou que suprimir questões de mérito na CCJ, que julga a admissibilidade do texto, abre um "precedente perigoso".
Na avaliação do economista da Rio Bravo Investimentos Evandro Buccini, ver se essas mudanças citadas por Freitas e Maia irão ou não acontecer tem mais importância do que a participação de Guedes na CCJ, que não deve trazer grandes surpresas, segundo ele.
Enquanto Guedes vai à CCJ, o presidente Jair Bolsonaro retorna de Israel. Na quinta-feira, o presidente deve se reunir com parlamentares para engrossar as articulações em torno da reforma.
O otimismo no exterior diante dados positivos de Estados Unidos e China e avanços nas negociações comerciais entre ambos também ajudava no movimento de queda do dólar ante o real, já que alimentam o apetite por risco no exterior.
Na terça-feira, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que a expectativa é de que os países tenham mais progresso nesta semana e disse que há um certo otimismo.
A atividade do setor de serviços da China alcançou uma máxima de 14 meses em março, puxada por uma melhora na demanda doméstica e estrangeira, mostrou o PMI do Caixin.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de 4,843 bilhões de dólares.
(Por Laís Martins)
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