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BCE está pronto para usar instrumentos para estimular crescimento, diz autoridade

11/06/2019 10h51

HELSINQUE (Reuters) - Uma guerra comercial global provavelmente não cessará em breve e o Banco Central Europeu (BCE) está pronto para usar qualquer um de seus instrumentos para estimular a confiança e o crescimento no bloco monetário, disse o presidente do banco central da Finlândia, Olli Rehn, nesta terça-feira.

Na semana passada, o BCE deu um novo impulso à zona do euro com um financiamento barato para bancos, e o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o banco está pronto para considerar uma gama mais ampla de medidas para sustentar a inflação, que não alcança a meta do BCE desde 2013.

Elaborando sobre o ponto de Draghi, Rehn, um potencial sucessor seu, sugeriu que não havia tabus e que além de um corte de taxa ou mais compra de títulos, ajustes adicionais à orientação da taxa de juros e uma taxa de depósito multi-nível também estão sobre a mesa.

"O Conselho do BCE poderá, se a desempenho econômico assim exigir, reforçar as suas orientações futuras e a sua ligação com o objetivo de estabilidade de preços, baixar as taxas na política monetária e introduzir possíveis medidas de mitigação e/ou relançar as aquisições líquidas no programa de compra de títulos.", Rehn disse em uma entrevista coletiva.

Com taxas de juros abaixo de zero, os bancos se queixam cada vez mais de que a política do BCE está prejudicando sua lucratividade, na medida em que na verdade está prejudicando o fluxo de crédito e, portanto, a transmissão de sua política.

Embora o BCE até agora tenha rejeitado essas alegações e comentários de autoridades sugerem pouco entusiasmo por um instrumento tão complicado, a referência de Rehn a "medidas de mitigação" sugere que o debate está longe de encerrado.

O BCE agora considera as taxas estáveis, pelo menos até o primeiro semestre de 2020, tendo adiado várias vezes qualquer movimento.

"No caso de um enfraquecimento adicional da atividade econômica e uma materialização de contingências adversas, o Conselho do BCE está determinado a agir e está pronto para ajustar todos os seus instrumentos, conforme apropriado", acrescentou Rehn.

(Por Anne Kauranen)