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Minerva anuncia férias coletivas a 700 funcionários após suspensão de exportações bovinas à China

Funcionários trabalham na linha de produção do frigorífico Minerva, em Barretos, interior de São Paulo - Edson Silva/Folhapress
Funcionários trabalham na linha de produção do frigorífico Minerva, em Barretos, interior de São Paulo Imagem: Edson Silva/Folhapress

Por Ana Mano

11/06/2019 10h24Atualizada em 11/06/2019 12h52

SÃO PAULO (Reuters) - A Minerva informou que dará férias coletivas a 700 funcionários em sua fábrica de Barretos de 17 a 30 de junho para realizar trabalhos de manutenção, segundo comunicado enviado à agência de notícias Reuters nesta terça-feira. Não deve haver impactos na operação, segundo a companhia.

A Minerva disse que o motivo das férias coletivas é a realização de manutenção preventiva nas instalações da unidade de Barretos, aproveitando também o período de suspensão temporária das exportações de carne bovina brasileira para a China, que foi imposta pelo governo brasileiro na semana passada.

A suspensão autoimposta foi anunciada após o relato de um caso da doença da vaca louca atípica no estado de Mato Grosso.

Leia a íntegra da nota da Minerva

"A Minerva Foods informa que concederá férias coletivas aos funcionários da unidade de Barretos/SP, de 17 a 30 de junho de 2019, para a realização de manutenção preventiva nas instalações e equipamentos desta unidade. O objetivo é garantir a conservação adequada das instalações e a eficiência máxima da operação. As atividades da unidade serão retomadas a partir do dia 1 de julho.

A iniciativa acontece simultaneamente à suspensão temporária das exportações de carne bovina pelo Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA), devido à confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina Atípica ("EBB") no estado do Mato Grosso.

Conforme já divulgado ao mercado, a Minerva Foods acredita que a suspensão das exportações brasileiras é temporária e deverá ser retomada em um curto espaço de tempo, uma vez que, desde 2015, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país, já que a doença pode ocorrer de forma espontânea e esporádica em todas as populações de bovinos do mundo.

A empresa lembra ainda que, por meio de sua operação no Brasil, realiza as exportações para a China via unidade de Barretos/SP, na qual conta com capacidade diária de abate de 840 cabeças. Neste período, as encomendas de carne bovina para a China poderão ser redirecionadas para a sua subsidiária Athena Foods, que tem capacidade 6,7 vezes maior para atender as demandas do país asiático, por meio de três plantas de abate no Uruguai, que possuem capacidade total de 3.200 cabeças/dia, além da planta de Rosário (Argentina), que possui capacidade diária de abater 2.400 cabeças."