Ministro Gilmar Mendes diz que juiz não pode chefiar um procurador
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta terça-feira que um juiz não pode chefiar um procurador, na esteira da crise envolvendo o vazamento de supostas conversas entre o ex-juiz e ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador da força-tarefa da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.
O comentário de Gilmar -- que não citou nominalmente Moro nem Deltan -- ocorreu quando ele criticava o uso de delações premiadas durante o julgamento de uma denúncia contra políticos do PP. Ele votou para rejeitar a acusação criminal baseada contra os integrantes do partido apenas em delação premiada em julgamento nesta tarde pela Segunda Turma do Supremo.
O ministro comparou a situação do caso do PP à denúncia feita contra a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (RS), baseada em colaborações premiadas. Segundo ele, viu-se posteriormente que as provas eram as mesmas e que eram imprestáveis para condenação da petista.
"Recebeu-se a denúncia (contra Gleisi) e se viu que as provas eram as mesmas e que eram imprestáveis para condenação. Pelo menos enquanto se tratar de corte de Justiça. A não ser que haja tribunais destinados a condenar, nesse modelo de colaboração que se está a desenvolver, em que juiz chefia procurador. Não é o caso desta corte, não á o caso deste colegiado. Juiz não pode ser chefe de força-tarefa", disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.