Rumo diz que vai avaliar Fiol e Ferrogrão; governo prevê editais para este ano
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A Rumo, maior operadora ferroviária do Brasil, avaliará eventual participação em leilões das futuras concessões da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e da Ferrogrão, disse o integrante do conselho da administração da empresa, Júlio Fontana Neto, ex-CEO da companhia.
Ferrogrão e Fiol estão entre os mais importantes projetos ferroviários para o escoamento de commodities, como grãos e minério de ferro, do Brasil.
"Temos por obrigação estudar todo e qualquer projeto, vamos estudar com certeza", afirmou ele a jornalistas, ao ser questionado sobre o assunto durante evento do Lide em São Paulo.
O governo federal tem expectativa de publicar ainda neste ano os editais para os leilões das concessões da Fiol e da Ferrogrão, disse nesta sexta-feira uma autoridade do Ministério de Infraestrutura, também no evento.
Segundo a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do ministério, Natália Marcassa de Souza, esses estão entre os projetos mais desafiadores do portfólio da pasta, que tem uma carteira total de 208 bilhões de reais.
A Fiol deverá ter extensão de 1.527 quilômetros, entre Ilhéus (BA) e Figueirópolis (TO). Segundo informações do site do governo, o trecho I, de Ilhéus a Caetité (BA), com extensão de 537 km, já tinha até o final do ano passado 76,2% de execução física da obra.
A secretária disse ainda que a expectativa é licitar 4 mil quilômetros de rodovias no ano que vem.
MALHA PAULISTA
A Rumo ainda aguarda a autorização do Tribunal de Contas da União (TCU) para a renovação antecipada da concessão da Malha Paulista, que vence em 2028, um aval que poderia disparar investimentos de 7 bilhões de reais, disse Fontana.
Tais investimentos poderiam dobrar a capacidade de transporte no Estado, cortado por ferrovias que acessam o porto de Santos, o principal do país.
"É urgente, todas as cargas de Santos atravessam o Estado de São Paulo... para que tenham um custo adequado", acrescentou ele.
Segundo ele, a outorga da renovação antecipada seria o compromisso dos investimentos. Do total, 5 bilhões de reais seriam feitos na rede e equipamentos, e 2 bilhões de reais em segurança ferroviária, uma vez que muitas linhas ainda cruzam cidades.
Ele ainda clamou para o país resolver problemas sérios, como maior agilidade para aprovação de licenças ambientais e maior segurança jurídica.
"Estamos tentando há três anos renovar concessões, que viabilizariam grandes investimentos, e estamos no aguardo", disse ele, na abertura do evento.
A companhia está concluindo um primeiro ciclo de investimentos, de 10 bilhões de reais, e já aprovou outro plano, de cinco anos, da ordem de 15 bilhões de reais.
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