Comissão especial da Câmara inicia debate sobre reforma da Previdência
BRASÍLIA (Reuters) - A comissão especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência iniciou nesta terça-feira a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema, uma das etapas a serem cumpridas antes da votação da matéria no colegiado.
A fase de discussão, que deve se estender ao longo de terça e quarta e possivelmente seguir na segunda-feira da próxima semana, tem 155 oradores inscritos (91 contra e 64 a favor), entre membros e não membros da comissão, afora os líderes.
Acordo firmado entre a oposição, representantes do governo e o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), prevê que todos os inscritos terão direito a discurso e não haverá qualquer iniciativa do governo para encerrar essa etapa da tramitação da PEC. A oposição, de sua parte, se comprometeu a não obstruir os trabalhos nesta fase.
Ramos disse esperar um “clima tranquilo” no início das discussões e afirmou que a reunião do colegiado na terça-feira deve se manter “pelo menos até às 21h”.
Para a votação, no entanto, será necessário firmar novo acordo de procedimentos e ainda não há nada definido. Nem mesmo a data de início da deliberação está sacramentada, já que parte do acordo assumido por Ramos diz respeito à não definição de uma data exata para a votação da proposta.
A expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é de que a proposta seja votada na comissão até o dia 26.
O parecer da PEC foi apresentado à comissão na última quinta-feira pelo relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP).
O texto, que foi criticado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, exclui da PEC temas polêmicos como as alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural e também reverte a desconstitucionalização de alguns temas, além de ter deixado fora da proposta o regime de capitalização e a extensão das novas regras para Estados e municípios.
Depois de passar pela comissão especial, a PEC ainda terá de ser analisada pelo plenário da Câmara e necessitará, para ser aprovada, do voto favorável de ao menos 308 deputados, de 513, em dois turnos de votação.
(Por Maria Carolina Marcello)
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