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Governo do Japão mantém avaliação "moderada" sobre economia apesar dos riscos globais

18/06/2019 10h13

Por Daniel Leussink

TÓQUIO (Reuters) - O governo do Japão deixou inalterada sua avaliação da economia em junho, depois de revisá-la duas vezes nos últimos três meses, mesmo com o acirramento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China ameaçando aumentar a pressão sobre o crescimento global.

Os riscos para as perspectivas econômicas podem adicionar pressão sobre o governo para aumentar os gastos para compensar o potencial golpe de um aumento planejado de impostos sobre vendas em outubro.

"A economia do Japão está se recuperando a um ritmo moderado, enquanto a fraqueza nas exportações e na produção industrial continua", disse o governo no relatório de junho divulgado nesta terça-feira, mantendo sua visão do mês passado.

O governo rebaixou sua avaliação para a terceira maior economia do mundo em março e maio.

O relatório de junho manteve sua avaliação de que as exportações e a produção permaneceram fracas, assim como sua visão de que os gastos de capital estão aumentando a um ritmo moderado.

"A fraqueza das exportações se deve à desaceleração econômica da China e ao ajuste de estoques de produtos relacionados à tecnologia da informação", disse uma autoridade em uma coletiva sobre o relatório.

Mas o governo melhorou sua visão sobre os lucros corporativos pela primeira vez em mais de dois anos, dizendo que eles estão se mantendo firmes em um alto nível.

Também foi mantida a avaliação de que a demanda doméstica permaneceu forte o suficiente para compensar parte dos efeitos das exportações mais fracas, o que ajudará a manter a recuperação do Japão intacta, com o consumo privado aumentando.

"Não acho que haja uma corrida grande de última hora (demanda) em comparação com o aumento do imposto sobre vendas em 2014", disse o ministro da Economia japonês, Toshimitsu Motegi, a repórteres em uma coletiva de imprensa. "Estamos tomando medidas suficientes para nivelar a corrida antes do aumento e a queda subsequente."