Dólar cai frente ao real com exterior e atuações do BC; Previdência segue no radar
Por Stefani Inouye
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar oscilava em leve queda frente ao real nesta quarta-feira, um dia após encerrar em seu maior patamar em uma semana, enquanto agentes do mercado se mantinham atentos aos movimentos externos e aos trabalhos na comissão especial da reforma da Previdência na Câmara.
Às 12:55, o dólar recuava 0,25%, a 3,8430 reais na venda.
O dólar futuro cedia 0,09%, para 3,8430 reais.
O alívio no dólar --depois de na véspera a moeda alcançar o maior patamar em uma semana-- se dava em meio à percepção de melhora nas condições de liquidez, após o Banco Central injetar pelo segundo dia consecutivo 1 bilhão de dólares no sistema, via leilão de linha de moeda com compromisso de recompra.
Sinal da maior oferta de dólar, a taxa do cupom cambial de vencimento mais curto recuava 6 pontos-base, para 3,16% ao ano. Na terça-feira, o cupom cambial --taxa vista como um indicador da liquidez do mercado-- disparou para quase 3,4%, maior nível desde o começo de maio.
O BC tem atuado via linhas de dólares nesta semana conforme aumenta a demanda do mercado por moeda estrangeira à medida que se aproxima o fim do mês, que marca também o término do trimestre e semestre. Nesses período, empresas costumam acelerar o envio de remessas de lucros e dividendos para suas matrizes, o que se reflete em maior procura por dólar físico.
A queda do dólar nesta sessão, contudo, é limitada pela volta de ruídos sobre o caminho da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, que já na véspera explicaram parte da valorização da moeda. A dúvida é se a votação do parecer na comissão especial ocorrerá ainda nesta semana, como previsto até então.
"Existe uma apreensão quanto à agenda por conta da urgência da pauta para a economia doméstica, mas não temos nenhuma sinalização de que a reforma não vai passar e isso é positivo", disse Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets.
A queda do dólar nas últimas semanas foi ditada em parte pela melhora da percepção quanto à evolução da reforma da Previdência na Câmara, num contexto de defesa mais forte da proposta por parte de membros do Congresso, o que reduziu a apreensão quanto à aprovação da matéria a despeito de aparentes problemas de comunicação entre Executivo e Legislativo.
No plano externo, investidores seguiam atentos ao noticiário sobre esperado encontro entre os presidentes da China e EUA na cúpula do G20 no Japão, com esperanças de algum progresso nas negociações comerciais, paralisadas desde maio.
"O mercado está esperando para ver a evolução disso (das negociações), já que é difícil ter uma perspectiva clara do que vai acontecer", disse Camila.
Lá fora, o dólar rondava a estabilidade contra uma cesta de moedas, num dia de forma geral favorável a moedas de risco, como peso mexicano e dólar australiano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.