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Ibovespa perde nível de 100 mil pontos após adiamento na reforma da Previdência

27/06/2019 11h16

Por Peter Frontini

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa de São Paulo iniciou o pregão desta quinta-feira em queda, perdendo o nível de 100 mil pontos, após o adiamento da leitura e votação da complementação de voto do relator da Previdência para a próxima semana.

O movimento ocorria descolado de mercados internacionais, que operavam sob cautela ante as discussões comerciais entre Estados Unidos e China durante a cúpula do G20.

Às 11:09, o Ibovespa caía 0,9% o, a 99.783,69 pontos, com poucas ações operando no azul, entre elas GPA, que disparava mais de 10 por cento, destoando do restante do mercado. O volume de negócios era de 2,8 bilhões de reais.

Deputados decidiram adiar a leitura da complementação de voto do relator da proposta de reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), que estava prevista para esta quinta-feira, enquanto buscam uma solução sobre a extensão das novas regras de aposentadoria a Estados e municípios.

"Na prática o atraso dificulta muito a votação no plenário antes do recesso, que começa dia 18 de julho, o que pode segurar um movimento positivo da bolsa", disse a XP Investimentos em nota.

Seguindo as repetidas revisões para baixo da economia brasileira pelo mercado, o Banco Central reduziu sua projeção de crescimento para o PIB em 2019 para 0,8%, atribuindo o corte à retração da atividade no primeiro trimestre e à ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores divulgados para o segundo trimestre.

O foco no exterior é o encontro bilateral entre os presidentes chinês, Xi Jinping, e norte-americano, Donald Trump, quando o líder da China planeja apresentar um conjunto de termos com os quais os EUA devem se comprometer para que o governo chinês possa concordar em resolver a disputa comercial, segundo o Wall Street Journal.

DESTAQUES

-GPA disparava 10,7% após proposta do controlador Casino de uma reorganização dos ativos do grupo francês de varejo na América Latina, que na visão de analistas deve encerrar um 'overhang' sobre os papéis e dúvidas sobre o futuro do grupo.

-VALE ON avançava 0,4%, em meio à forte alta do minério de ferro, cujo contrato mais ativo na China fechou com alta de 3,3%, a 821,5 iuanes.

-ITAU UNIBANCO puxava a queda do índice desvalorizando-se 1,7%. BRADESCO PN recuava 1,6%. BANCO DO BRASIL ON e SANTANDER BR UNIT também caíam 1% e 1,75%, respectivamente.

-VIA VAREJO ON recuava 2%. Na noite da véspera o conselho de administração elegeu o empresário veterano do setor Michael Klein para a presidência do colegiado. O conselho também elegeu um novo presidente-executivo para companhia controlada pelo GPA até meados do mês.

-ELETROBRAS PNB perdia 1% diante da notícia que o Superior Tribunal de Justiça decidiu que a União não é obrigada a dividir com a empresa o pagamento de uma dívida gerada por empréstimos compulsórios, informou a assessoria de imprensa do tribunal.