LDO 2020 fica para agosto e Congresso terá recesso branco, diz líder do governo no Senado
BRASÍLIA (Reuters) - A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias só deverá ocorrer na primeira semana de agosto, disse nesta quinta-feira o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), levando o Congresso a um "recesso branco" --duas semanas de férias não oficiais--, já que, por lei, os parlamentares não poderiam suspender as atividades sem a votação da LDO.
"A comissão não conseguiu fechar todos as pendências, mas vai ser votada na primeira semana de agosto", disse o senador.
Bezerra não esclareceu quais seriam essas pendências, mas o texto do relator, deputado Cacá Leão (PP-BA), abriu duas divergências com a equipe econômica do governo. Em seu relatório, o parlamentar blindou as despesas ligadas à educação de eventuais bloqueios pelo Executivo e suspendeu a vedação que existia para reajustes salariais de servidores públicos em 2020.
Com isso, o espaço de contingenciamento do Orçamento no ano que vem, caso seja necessário, foi reduzido significativamente. Nos bloqueios de gastos deste ano, o Ministério da Educação foi responsável pela maior fatia, de 5,8 bilhões de reais.
O relator ainda suspendeu a vedação de reajustes a servidores federais civis que constava no texto original. A proposta enviada pelo governo permitia apenas o reajuste para militares.
Bezerra disse, no entanto, que não há grandes dificuldades para que o Orçamento seja votado. Depois de negar que a reforma da Previdência --que teve seu texto-base aprovado na noite de quarta-feira em primeiro turno pela Câmara-- tivesse atrapalhado a aprovação, Bezerra admitiu que a prioridade dada impediu que a LDO fosse pautada.
"Não foi possível pautar para votar. A prioridade foi dada à Previdência", disse o senador. "Vai voltar e votar na primeira semana de agosto."
Com isso, o recesso parlamentar, marcado para iniciar na próxima semana, não poderia ocorrer. No entanto, o senador admite que o Congresso deve entrar em "recesso branco". Sessões não são marcadas para que os parlamentares não sejam obrigados a vir a Brasília.
O Congresso deve voltar a se reunir na primeira semana de agosto.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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