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Dólar ronda estabilidade ante real após aprovação da Previdência em 1º turno na Câmara

15/07/2019 09h08

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha poucas variações ante o real nesta segunda-feira, após aprovação do texto principal da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara e com definição de que o segundo turno ocorrerá apenas em agosto, tendo como pano de fundo dados da China que aliviam temores de desaceleração na economia do país.

Às 10:12, o dólar avançava 0,07%, a 3,7418 reais na venda

Na sexta-feira, o dólar encerrou com queda de 0,33%, a 3,7393 dólares, menor patamar desde fevereiro.

Neste pregão, o dólar futuro tinha variação negativa de cerca de 0,1%.

Na madrugada de sábado, a comissão especial da reforma da Previdência aprovou o texto final por 35 votos a favor e 12 contra.

A etapa na comissão ocorreu após a Câmara concluir na noite de sexta-feira, após três dias de votações em meio a negociações de última hora e momentos de desarticulação, o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.

O segundo turno, entretanto, ficou para a volta do recesso parlamentar, em agosto. O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogerio Marinho, estima que a PEC será analisada em segundo turno pela Câmara no dia 6 de agosto e que a matéria será aprovada pelo Senado até setembro.

A despeito do adiamento, investidores veem com bons olhos a estimativa do governo de que a reforma deve gerar economia de cerca de 900 bilhões de reais em 10 anos.

Com o noticiário ligado à reforma da Previdência em pausa até agosto, agentes financeiros devem se voltar para avanços ligados a outras matérias econômicas sendo tocadas pelo governo e para o exterior.

De acordo com Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, o mercado local deve ficar lateralizado durante o recesso parlamentar, acompanhando noticiário externo que possa impactar em fluxos e seguindo pares.

Mas segundo ele, agentes financeiros adotam cautela durante o recesso, em antecipação para a votação em segundo turno.

"Apesar de tudo estar meio alinhado para o segundo turno, a gente sabe que agosto é uma nova história", afirmou Abucater, notando que na sexta-feira já houve uma redução de posições entre agentes por precaução.

Nesta segunda-feira, havia sentimento de alívio no exterior após divulgação de dados da China que ajudaram a amenizar temores sobre uma desaceleração na economia do país.

O ritmo de crescimento no segundo trimestre foi o mais lento em ao menos 27 anos, mas em linha com as expectativas. Além disso, dados separados de produção industrial e vendas no varejo em junho superaram as expectativas.

(Por Laís Martins)