Bolsonaro não recorre e processo que considerou esfaqueador inimputável é encerrado
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O processo que considerou Adélio Bispo de Oliveira, autor de uma facada contra o presidente Jair Bolsonaro quando ele era candidato no ano passado, foi encerrado depois que nem o Ministério Público nem Bolsonaro, que chegou a manifestar inconformismo com a decisão, recorreram, informou a Justiça Federal de Minas Gerais.
"A sentença foi proferida em 14 de junho de 2019. O Ministério Público Federal foi intimado em 17 de junho de 2019 e não apresentou recurso. O excelentíssimo senhor presidente da República, que atuou na ação penal como assistente da acusação, foi intimado em 28 de junho de 2019 e também não recorreu no prazo legal. Por último, a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, intimada da sentença, renunciou ao prazo recursal em 12 de julho de 2019", disse a Justiça em nota.
"Assim, a sentença transitou em julgado em 12 de julho de 2019, não sendo mais cabível a interposição de qualquer recurso", acrescenta o comunicado.
No mês passado, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG) absolveu Adélio ao considerá-lo inimputável por ser portador de uma doença mental, ao mesmo tempo que determinou que ele fosse internado por tempo indeterminado.
Bolsonaro manifestou contrariedade com a decisão, disse estar certo de que o atentado teve um mandante e afirmou que pretendia recorrer da decisão.
“Tentaram me assassinar, sim. Eu tenho a convicção de quem foi, mas não posso falar, não vou fazer pré-julgamento de ninguém”, disse o presidente a jornalistas na ocasião.
“Pretendo fazer (recorrer). Vou ver quanto custa, se der para pagar... Agora, eu não tenho dúvida que acertaram com o Adélio a tentativa de me matar.”
O então candidato foi esfaqueado em setembro do ano passado quando fazia campanha em Juiz de Fora. Após o ataque ele teve de passar por uma cirurgia de emergência, quando foi instalada uma bolsa de colostomia. Posteriormente, transferido para o hospital Albert Einstein, passou por mais uma operação antes de receber alta.
O presidente passou por uma terceira cirurgia no início deste ano para a retirada da bolsa de colostomia.
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