Dólar corrige para cima com sinal externo em meio a dúvida sobre corte de juros nos EUA
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu frente ao real nesta sexta-feira, puxado pela alta da moeda no exterior, conforme operadores reduziram de forma consistente expectativa de alívio monetário mais intenso nos Estados Unidos no fim deste mês.
Na véspera, a cotação havia sofrido firme baixa, na esteira de comentários "dovish" do presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, lidos como um recado de que o Fed cortaria os juros em 0,50 ponto percentual.
Mas nesta sessão o dólar recobrou fôlego em todo o mundo, depois que o Fed de Nova York fez ponderações às falas de Williams. Além disso, James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, defendeu nesta sexta-feira corte de apenas 0,25 ponto percentual nos juros.
Os mercados de câmbio têm demonstrado mais sensibilidade ao noticiário sobre política monetária à medida que se aproxima a reunião do Fed, nos dias 30 e 31 de junho. O dólar perdeu força nas últimas semanas justamente pela crescente perspectiva de uma redução de juros mais intensa nos EUA.
Operadores estão atentos ainda ao sinal do Banco Central brasileiro, que também anuncia decisão de juros no próximo dia 31.
"Se o Copom reduzir a Selic sem que o Fed reduza o juro americano, vai afetar o mercado de cupom cambial e impactar no preço do dólar no nosso mercado à vista, que está com fluxo negativo", disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da NGO Associados Corretora de Câmbio.
As taxas de cupom cambial --juro em dólar-- são termômetros da liquidez no mercado. Em junho, o cupom disparou, forçando o Banco Central a fazer a maior venda de dólares via operações de linha desde dezembro passado.
Nesta sexta-feira, o BC vendeu ao mercado 2 bilhões de dólares para rolagem de linhas que vencem no começo de agosto. Um novo leilão com mesmo volume está previsto para segunda-feira.
O dólar à vista
Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado
Lá fora, o índice, que mede o valor do dólar contra uma cesta de divisas, se apreciava 0,37%, praticamente devolvendo toda a queda da véspera.
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