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Transportes compensam pressão de Habitação e IPCA-15 sobe 0,09% em julho

23/07/2019 09h03

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A prévia da inflação oficial variou pouco em julho, com pressão em Habitação sendo compensada pela queda nos preços de Transportes, permanecendo em nível confortável para um corte de juros pelo Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu em julho 0,09% depois de ter registrado variação positiva de 0,06% em junho, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso o IPCA-15 nos 12 meses até julho passou a subir 3,27%, de 3,84% no mês anterior.

Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,14% na base mensal e de 3,32% em 12 meses.

O resultado mantém o IPCA-15 abaixo do centro da meta oficial de inflação do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O IBGE informou que em julho o principal impacto negativo veio da queda de 0,44% nos preços de Transportes, após alta de 0,25% no mês anterior. Esse resultado foi influenciado principalmente pelo recuo de 3% dos combustíveis, com destaque para a gasolina (-2,79%).

Por outro lado, o grupo Habitação apresentou avanço de 0,43%, sendo o principal peso positivo apesar de ter desacelerado de 0,52% no mês anterior.

Alimentação e bebidas passou a subir 0,03% em julho, após cair 0,64% antes, com as altas de batata-inglesa (8,30%) e cebola (12,81%) pressionando o grupo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne no fim do mês para decidir sobre os juros básicos, estacionados em 6,5% --seu piso histórico --desde março de 2018.

Em meio à letargia da economia, o mercado vê a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual em julho. A última pesquisa Focus realizada pelo BC com uma centena de economistas aponta expectativa de Selic a 5,50% no final do ano, com a inflação a 3,78

Recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que um avanço nas reformas "obviamente" torna o cenário mais benigno para a inflação, e que as variáveis analisadas para a decisão de política monetária melhoraram.