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Japão mantém visão de recuperação econômica moderada em julho

23/07/2019 08h46

Por Daniel Leussink

TÓQUIO(Reuters) - O governo do Japão manteve a visão de que a economia está se recuperando a um ritmo moderado, dizendo que a fraqueza continua a se concentrar nas exportações, segundo um relatório econômico mensal para julho divulgado pelo gabinete.

Os riscos para a perspectiva de demanda externa enfraquecida podem aumentar a pressão sobre o governo para aumentar os gastos, a fim de conter um potencial golpe à demanda de um aumento de imposto sobre vendas programado para outubro.

Do lado positivo, o governo melhorou sua avaliação da produção industrial pela primeira vez em mais de um ano e meio, mudando para estável, de fraca.

A melhoria resultou principalmente da força na produção de automóveis e de maquinário de construção, disse uma autoridade, acrescentando que o governo permanece cauteloso sobre as perspectivas para a indústria.

"A produção de bens de transporte continuou a aumentar, enquanto o declínio na produção de maquinário pode ser visto diminuindo um pouco", disse ele.

A produção industrial do Japão subiu no ritmo mais rápido em mais de um ano em maio devido à maior produção de carros, mostraram dados no mês passado, sugerindo que o crescimento está se mantendo apesar dos temores de que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China esteja prejudicando a demanda.

Mas as exportações caíram pelo sétimo mês consecutivo em junho, recuando 6,7% em relação ao ano anterior, mostraram dados na quinta-feira, comprometendo as esperanças das autoridades de que a demanda doméstica ajudará a compensar a intensificação das tensões externas.

A economia do Japão se expandiu a um ritmo anualizado de 2,2% no primeiro trimestre devido a fortes gastos de capital, mas muitos analistas prevêem que o crescimento desacelerará nos próximos meses devido ao aumento das pressões externas e ao risco representado pelo aumento planejado dos impostos sobre vendas em todo o país.

O governo revisou para baixo sua projeção para a economia duas vezes este ano, em março e maio.