Lucro do Bradesco cresce 25% no 2º tri, com ajuda de crédito e seguros
SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco teve uma alta robusta do lucro no segundo trimestre, resultado apoiado na aceleração do crédito e nas operações de seguros, que garantiram ao banco a maior rentabilidade em 16 trimestres.
O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira (25) que seu lucro de abril a junho em termos recorrentes subiu 25,2% no comparativo anual, para R$ 6,462 bilhões, número que superou a previsão média de analistas de R$ 6,059 bilhões, segundo dados Refinitiv. Na base contábil, o avanço foi de 33,4%, para R$ 6,042 bilhões.
De um lado, a margem financeira foi turbinada pelo avanço de 8,7% da carteira de crédito expandida em 12 meses, a R$ 560,5 bilhões. Além disso, o resultado das operações de seguros teve incremento de 11,6%, a R$ 3,594 bilhões. Já a receita com tarifas subiu apenas 1,3%, a R$ 8,28 bilhões.
Na outra ponta, a despesa expandida com provisões para perdas com inadimplência somou R$ 3,487 bilhões, queda de 0,1% ano a ano e recuo de 3,2% na base sequencial. Esse número refletiu o controle da qualidade dos empréstimos, com o índice de inadimplência acima de 90 dias em 3,23%, ante 3,27% no final de março e 3,9% um ano antes.
A despesa administrativa evoluiu 6,8% contra o segundo trimestre de 2018, para R$ 10,59 bilhões, com impulso de maiores gastos com pessoal.
Com essa combinação, a rentabilidade atualizada sobre o patrimônio líquido do Bradesco atingiu 20,6%, alta de 0,1 ponto sobre o trimestre anterior e de 2,2 pontos ano a ano, para o pico em quatro anos. Ainda assim, o índice foi menor do que a do Santander Brasil, que nesta semana reportou que seu ROE atingiu 21,3% no trimestre.
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