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Ibovespa oscila sem viés com cena corporativa e à espera de decisões de juros

26/07/2019 10h25

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava uma tendência firme nesta sexta-feira, com o noticiário corporativo mais uma vez repercutindo de forma divergente nos negócios, enquanto investidores aguardam decisões de política monetária amplamente monitoradas no país e nos Estados Unidos na próxima semana.

Às 11:32, o Ibovespa subia 0,02 %, a 102.677,11 pontos. O volume financeiro somava 3,315 bilhões de reais.

O BTG Pactual destacou que, diante da ausência de grandes novidades na cena política e sobre a reforma da Previdência, o mercado brasileiro está na expectativa da decisão de juros do Banco Central, no cenário doméstico, e do desfecho da reunião Federal Reserve, no front externo, ambos na próxima semana.

No caso do Brasil, pesquisa Reuters com 27 economistas mostrou que a maioria espera um corte de 0,25 ponto percentual na Selic na próxima semana, levando a taxa para 6,25% ao ano. Dez dos economistas consultados preveem 6% e três aguardam manutenção dos atuais 6,5% ao ano.

Nos Estados Unidos, também é quase certo que o Federal Reserve realizará um corte de 0,25 ponto na taxa de juros, de acordo com economistas consultados em uma pesquisa Reuters.

A equipe do BTG também destacou o foco de atenções nos resultados corporativos, que têm feito preço nas ações, embora a bolsa esteja passando pelo que eles consideram como um processo de acomodação, que tem se refletido em giros financeiros mais contidos, conforme nota enviada pela área de gestão do banco.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN cedia 2% e PETROBRAS ON recuava 2,5%, após a companhia divulgar queda de 0,5% da produção de petróleo e LGN no Brasil no segundo trimestre e reduzir sua meta para o ano, em meio à venda de ativos, redução da produção em campos maduros e manutenção em atividades, apesar de avanço de 17% nas importantes áreas do pré-sal.

- USIMINAS PNA subia 0,8%, após reportar lucro líquido de 171 milhões de reais no segundo trimestre de 2019, revertendo prejuízo de 19 milhões de reais um ano antes, conforme as receitas cresceram ajudadas principalmente por preços maiores de minério de ferro e aço no período e de maiores volumes de venda de aço.

- RD valorizava-se 2,6%, conforme a companhia figura entre os setores que podem se beneficiar de potencial efeito positivo no consumo com a liberação de saques do FGTS anunciada nesta semana pelo governo brasileiro.

- WEG tinha alta de 2,9%, ainda apoiada em resultado trimestral considerado sólido no segundo trimestre, quando a fabricante de motores elétricos e tintas industriais registrou alta de 15,6% no lucro líquido sobre um ano antes, a 389 milhões de reais, apoiada em crescimento de exportações e melhoras operacionais.

- BRADESCO PN subia 0,2%, experimentando uma trégua após o tombo da véspera, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN, que divulga resultado na segunda-feira, tinha variação positiva de 0,2%. BANCO DO BRASIL oscilava em torno da estabilidade%.

- VALE mostrava estabilidade, mesmo com os futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian avançando nesta sexta-feira, após a China descartar a definição de restrições à produção da indústria pesada durante o inverno, incluindo para siderúrgicas, apesar de sua campanha antipoluição.