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Exportação de café do Brasil salta 28,2% e tem melhor julho em 5 anos, diz Cecafé

09/08/2019 16h39

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de café do Brasil em julho atingiram o maior nível para o mês em cinco anos, totalizando 3,2 milhões de sacas de 60 kg, uma alta de 28,2% em relação a igual período de 2018, informou nesta sexta-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

As vendas de café verde somaram 2,83 milhões de sacas, avançando 33,3% na comparação anual. O arábica, variedade mais produzida no país, somou embarques de 2,26 milhões de sacas no mês, 28,6% a mais que em julho de 2018, enquanto as exportações do robusta foram de 575 mil sacas, alta de 55,5%.

"Os volumes exportados em julho mostram que o Brasil mantém um ritmo positivo", disse em comunicado o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Enquanto as exportações de café verde avançaram, as do produto industrializado não tiveram o mesmo desempenho no ano a ano, recuando 3,7%, para 327,5 mil sacas. As vendas de café solúvel somaram 326,8 mil sacas, queda de 3,5%.

Segundo o Cecafé, a receita gerada pelas exportações em julho somou 378,2 milhões de dólares, alta de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2018, embora o preço médio da saca tenha caído 18% na mesma comparação, para 119,7 dólares por saca.

ACUMULADO DO ANO

Entre janeiro e julho de 2019, o Brasil exportou 21,2 milhões de sacas de 60 kg de café verde, o que representa uma variação positiva de 40,8% em relação a igual período de 2018, sendo também o melhor desempenho dos últimos cinco anos.

No volume total, que inclui o café industrializado, a alta é de 37,6%, para 23,5 milhões de sacas, com uma receita de quase 3 bilhões de dólares.

Até o momento, o principal destino das vendas de café do Brasil no ano são os Estados Unidos, cujas compras de 4,4 milhões de sacas significam um avanço de quase 50% em volume na comparação anual.

"A colheita referente a 2019/20 está praticamente finalizada e tudo indica que manteremos bons resultados até o fechamento do ano civil", avaliou Carvalhaes. "Mais uma vez, os negócios do café brasileiro com o exterior se mostram consolidados."

(Por Gabriel Araujo)