Ministro do Meio Ambiente diz que ajuda do G7 para incêndios na Amazônia é bem-vinda
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, disse nesta segunda-feira que é bem-vinda a ajuda financeira para o combate a incêndios na Floresta Amazônica proveniente dos países do G7.
Ao falar em evento em São Paulo, Salles disse que "uma série de políticas públicas irracionais e demagógicas" de governos anteriores deve ser responsabilizada pelos incêndios florestais.
As chamas que se alastram pela Amazônia ganharam repercussão internacional e foram debatidas pelos líderes globais durante uma reunião do G7 sobre mudanças climáticas e biodiversidade. Mais cedo nesta segunda-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que os membros do grupo decidiram doar ao menos 20 milhões de euros para auxiliar o combate às queimadas.
Salles avaliou a ajuda anunciada como "excelente medida, muito bem-vinda”. Ele ressalvou, no entanto, que "não há nada pior para o meio ambiente que a falta de desenvolvimento".
"A grande promessa está no que eu chamo de... bioeconomia, a exploração adequada da riqueza que ali está", disse.
Também nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro questionou os interesses que estariam por trás de uma ajuda internacional à Amazônia.
"Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém --a não ser uma pessoa pobre, né?-- sem retorno? Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?”, questionou Bolsonaro a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, recusando-se a responder perguntas dos repórteres.
(Reportagem de Marcelo Rochabrun)
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