Com aval externo, índice ensaia melhora e sobe após três quedas seguidas
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava mais de 1% nesta terça-feira, ensaiando uma melhora após três pregões de queda, tendo de pano de fundo um viés positivo em praças financeiras no exterior, embora ruídos domésticos e mesmo sinais contraditórios na cena internacional continuem adicionando volatilidade aos negócios.
Às 11:01, o Ibovespa subia 1,33 %, a 97.713,3 pontos. O volume financeiro era de 2,9 bilhões de reais.
Nos últimos três pregões, o Ibovespa acumulou queda de 4,7%.
No exterior, Wall Street tinha uma sessão positiva, assim como o dólar recuava em relação a uma cesta de moedas, conforme permanecem as expectativas relacionadas a um desfecho nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, apesar de sinais contraditórios de ambos os lados.
Estrategistas da XP Investimentos observam que os mercados estão voláteis seguindo desenvolvimentos comerciais entre EUA e China, enquanto, na cena doméstica, observaram piora no ambiente político, o que não acreditam que possa atrapalhar a agenda de reforma, mas tende a adicionar ruído.
Entre os vetores para tal piora local, agentes de mercado citaram principalmente relatório da Polícia Federal a partir da delação de executivos da Odebrecht dizendo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), cometeu corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Em nota, Maia reafirmou que todas as doações recebidas em suas campanhas eleitorais "foram solicitadas dentro da legislação, contabilizadas e declaradas à Justiça".
Investidores também monitoram a repercussão global dos incêndios na Amazônia, em um momento no qual os agentes estrangeiros seguem na defensiva na bolsa paulista, com o saldo de capital externo no mês negativo em quase 11 bilhões de reais, conforme números até o dia 22.
Para o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, o risco político e a volatilidade dos mercados internacionais devem seguir ditando o ritmo da bolsa brasileira hoje.
DESTAQUES
- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN subiam 1,9% e 1,,4%, respectivamente, endossando a melhora do Ibovespa, favorecidos pela melhora no pregão como um todo. BANCO DO BRASIL apreciava-se 1%.
- PETROBRAS PN avançava 2,8%, após abertura tardia, tendo de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no mercado externo. Analistas do Bradesco BBI ajustaram previsões para a companhia e elevaram o preço-alvo das PNs de 37 para 38 reais, com recomendação 'outperform'.
- VALE subia 2%, apesar de nova sessão de queda dos preços do minério de ferro na China, com siderúrgicas também se recuperando, entre elas CSN, em alta de 2,4%.
- MRV valorizava-se 2,9%, recuperando-se de perdas recentes, após ter recuado 8% em apenas dois pregões.
- NATURA subia 3%, entre as maiores altas do Ibovespa, com o setor de consumo no azul. VIA VAREJO, que já acumulava em agosto queda de 16% até a véspera, avançava 2,5%, também entre as maiores altas.
- EMBRAER caía 0,85%, em sessão de queda do dólar ante o real.
- JBS perdia 1%, dando continuidade ao ajuste negativo, após renovar em máximas históricas em meados do mês. No setor, MARFRIG perdia 0,3%.
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