Governo e Aneel fecham termo com Enel por melhoria em distribuição de energia em Goiás
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério de Minas e Energia, o governo de Goiás e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegaram a um termo de compromisso com a Enel Goiás, controlada pela italiana Enel
O acordo, assinado na segunda-feira, envolve o governo estadual e a empresa, com interveniência do ministério e da agência reguladora, segundo a Aneel, que afirmou nesta terça-feira que a iniciativa "resultou de atuação integrada para enfrentar os recentes problemas no serviço da distribuidora".
Os italianos controlam a concessionária de distribuição em Goiás desde 2017, quando concluíram a aquisição da Celg-D, que pertencia à estatal Eletrobras e foi comprada pela Enel em leilão de privatização no final de 2016.
Após o negócio, no entanto, a empresa tem sofrido constante pressão do governo de Goiás por melhorias na qualidade do serviço.
Em fevereiro, a Aneel determinou que a Enel Goiás apresentassem plano emergencial de melhoria da qualidade, incluindo compromissos de investimento de longo prazo.
O deputado federal José Nelto (Podemos) chegou a apresentar um pedido para que a Aneel realizasse uma intervenção na Enel Goiás, o que foi rejeitado pela agência em meados de junho.
Procurada, a Enel afirmou, sobre o termo de compromisso, que "as medidas previstas possibilitarão ampliar em 26% a capacidade da rede de distribuição em Goiás nos próximos três anos".
Segundo a companhia, foram identificados pedidos de capacidade adicional de energia "acumulados durante oito anos de subinvestimentos anteriores à privatização".
"As solicitações que dependiam de intervenções menores foram atendidas nos primeiros dois anos e as que necessitavam de grandes obras serão concluídas até 2022. Ainda no próximo ano, cerca de 68% da demanda reprimida será atendida", acrescentou a Enel.
A Aneel disse em nota que o acordo tem início imediato e estabelece ações voltadas ao aumento da oferta de energia elétrica aos consumidores e do número de conexões rurais, incluindo previsão de que a empresa deverá até 2022 atender 100% da demanda reprimida no Estado.
(Por Luciano Costa)
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