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Ibovespa oscila sem viés claro com exterior misto; Petrobras sobe

28/08/2019 10h07

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa não mostrava uma tendência clara na manhã desta quarta-feira, em meio a um cenário misto no ambiente financeiro internacional, onde permanecem preocupações com o risco de recessão da economia global, com o avanço de Petrobras e empresas de proteínas ajudando a atenuar a pressão negativa.

Às 10:55, o Ibovespa subia 0,22 %, a 97.488,29 pontos. O volume financeiro somava 1,9 bilhão de reais.

"O clima de incerteza no mercado financeiro global não se dissipou", avalia a equipe da corretora Mirae Asset, citando que a sensação de que uma recessão esteja se aproximando pressiona, enquanto a questão da guerra comercial não mostra novidade.

Em Wall Street, os principais índices acionários oscilavam próximo da estabilidade e o petróleo também se valorizava, mas o dólar se fortalecia frente a outras moedas e o minério de ferro teve nova sessão negativa.

No caso do Brasil, os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi, da Mirae, ressaltam que o Ibovespa segue sem força e com grande volatilidade, conforme nota a clientes.

"A piora do humor externo afeta todos os mercados e os países emergentes não escapam desta contaminação, principalmente o mercado acionário no Brasil, que vive os reflexos do atraso das reformas e a piora de expectativas de curto prazo."

DESTAQUES

- KROTON recuava 3,8%, outro destaque negativo, caminhando para a quinta sessão consecutiva de queda, ampliando a perda no mês para mais de 20%. YDUQS (ex-Estácio) cedia 0,6%.

- PETROBRAS PN avançava 0,9%, encontrando suporte na alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

- ELETROBRAS PNB caía 1,7%, entre as maiores quedas. O ministro de Minas e Energia disse que o governo ainda conversa com o Legislativo sobre o melhor momento para o envio ao Congresso do modelo de capitalização companhia.

- JBS subia 1,7%, tendo no radar que a controlada Pilgrim's Pride Corporation assinou contrato para adquirir a Tulip Company, em uma transação avaliando a empresa britânica em aproximadamente 354 milhões de dólares.

- BRF e MARFRIG subiam 1,4% e 0,8%, respectivamente, conforme permanecem expectativas favoráveis sobre a demanda de proteínas em razão do surto de febre suína africana na China.

- VALE perdia 0,07%, tendo de pano de fundo a queda dos preços do minério de ferro na China, onde futuros da commodity atingiram o menor nível em dois meses e meio. BRADESPAR PN, por sua vez, subia 0,9%.

- BRADESCO PN caía 0,4%, também pesando no Ibovespa, mas ITAÚ UNIBANCO PN subua 0,51%.