Opep diz ser cedo para qualquer ação após ataque a instalações sauditas
Por Rania El Gamal e Stanley Carvalho e Alex Lawler
DUBAI/LONDRES (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está avaliando o impacto no mercado de petróleo do ataque a instalações da Arábia Saudita, e considera muito cedo para os membros da entidade tomarem medidas para aumentar a produção ou a convocarem uma reunião, disseram o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos e outras fontes.
O petróleo disparou nesta segunda-feira para quase 72 dólares o barril, registrando seu maior ganho percentual intradia desde a Guerra do Golfo em 1991, depois que um ataque no sábado paralisou a produção de mais de 5 milhões de barris por dia (bpd), ou mais de 5% da oferta global.
O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, disse que o país é capaz de aumentar a produção para lidar com qualquer interrupção no fornecimento, mas que ainda é muito cedo para convocar uma reunião de emergência da Opep.
"Temos capacidade de reposição. Existem volumes que podemos liberar como uma reação instantânea", disse Mazrouei a repórteres em Abu Dhabi, nesta segunda-feira.
Se a Arábia Saudita convocar uma reunião de emergência da Opep, "vamos lidar com isso", disse ele.
O secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, discutiu o mercado de petróleo com o chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, nesta segunda-feira, após o ataque a instalações de petróleo sauditas, disse uma fonte da Opep à Reuters.
Os dois expressaram sua satisfação pelo fato de "a situação ter sido controlada pelas autoridades sauditas", e concordaram em continuar monitorando o mercado e mantendo contato regular nos próximos dias, disse a fonte da Opep.
Com os estoques mundiais de petróleo abundantes e sem sinais de escassez, a Opep não precisa discutir formalmente nenhuma ação por enquanto, disseram duas outras fontes da Opep.
"Ainda é cedo para falar sobre isso", disse um deles.
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