Petrobras atende regras globais antes do prazo e reduz enxofre de combustível marítimo
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras terá todo seu combustível marítimo (bunker) comercializado com teor máximo de 0,5% de enxofre a partir de terça-feira, ao cumprir antes do prazo regras internacionais que visam reduzir a poluição previstas para 2020, informou a companhia em nota à Reuters.
A nova especificação, estabelecida pela Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês), reduz o teor de enxofre de 3,5% para 0,5% a partir do próximo ano. O novo limite atende à Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios (Marpol), da qual o Brasil é signatário.
Desde quando começou a adequar suas refinarias e unidades operacionais para a produção do combustível, em abril, até agora, a Petrobras já ultrapassou a produção de 1,2 milhão de metros cúbicos de bunker com teor de enxofre abaixo de 0,5%, disse a empresa.
A produção, segundo a petroleira, irá atender à totalidade da demanda no Brasil e o excedente será exportado.
"A redução do nível de enxofre no bunker oferece à Petrobras oportunidade de aumentar sua participação nos mercados mundiais de óleo combustível e bunker de forma rentável, além de conferir maior valorização ao petróleo brasileiro", disse a companhia.
A empresa preferiu não informar qual será sua capacidade anual de produção, quais as refinarias que produzem e qual a demanda no mercado brasileiro.
Os portos onde a Petrobras comercializa bunker são Rio Grande, Paranaguá, Santos, São Sebastião, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Fortaleza, São Luís, Belém e Manaus.
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