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Preços ao consumidor dos EUA ficam estáveis em setembro

10/10/2019 09h49

WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor dos Estados Unidos permaneceram inalterados em setembro e o núcleo da inflação recuou, sustentando as expectativas de que o Federal Reserve cortará a taxa de juros em outubro pela terceira vez este ano, em meio a riscos para a economia decorrentes das tensões comerciais.

O Departamento do Trabalho informou nesta quinta-feira que a leitura estável do índice de preços ao consumidor foi a mais fraca desde janeiro, com a alta dos custos de alimentos e aluguéis compensada pelos recuos de energia e automóveis usados.

O índice de preços ao consumidor havia subido 0,1% em agosto. Nos 12 meses encerrados em setembro, o indicador avançou 1,7%, após registrar a mesma variação no mês anterior.

Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 0,1% em setembro e alta de 1,8% na comparação ano a ano.

O núcleo da inflação desacelerou em setembro, após ganhos sólidos nos últimos três meses. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços ao consumidor subiu 0,1%, depois de avançar 0,3% por três meses consecutivos.

O núcleo da inflação foi contido por ganhos moderados nos custos de saúde, bem como pela queda nos preços de vestuário, veículos novos e comunicações. Nos 12 meses encerrados em setembro, o núcleo do índice avançou 2,4%, igualando o aumento de agosto.

O relatório foi divulgado na esteira de dados de terça-feira que mostraram a maior queda nos preços ao produtor em oito meses em setembro. A ata da reunião de política monetária do Federal Reserve de 17 e 18 de setembro, publicada na quarta-feira, mostrou que as autoridades viam que os riscos para maior expansão econômica já registrada nos EUA "aumentaram de certo modo".

O Fed cortou sua taxa de juros em setembro, depois de reduzir os custos dos empréstimos em julho pela primeira vez desde 2008. Economistas esperam outro corte nos juros na reunião de 29 e 30 de outubro.

Economistas também esperam que a inflação acelere e ultrapasse a meta em 2020, na esteira da recente ampliação das tarifas dos EUA sobre produtos chineses para incluir uma variedade de bens de consumo.

(Por Lucia Mutikani)