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Dados de produção da Vale favorecem Ebitda de cerca de US$4,9 bi no 3º tri, vê BTG Pactual

14/10/2019 10h47

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Vale divulgou números razoáveis de produção de minério de ferro no terceiro trimestre, totalizando 86,7 milhões de toneladas, disse o analista do BTG Pactual Leonardo Correa, que tinha expectativa de 85 milhões de toneladas, citando que os dados corroboram sua expectativa de um Ebitda de entre 4,9 bilhões e 5 bilhões de dólares de julho a setembro.

A produção de minério de ferro da Vale representou um avanço de 35,4% frente ao trimestre anterior, embora tenha recuado 17,4% na comparação com mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta segunda-feira.

Citando cálculos próprios, Correa disse que, para a Vale entregar 320 milhões de toneladas de embarques de minério de ferro em 2019, o quarto trimestre deve ser o mais forte do ano, de longe. "Assim, o caminho de recuperação da Vale em volumes de minério de ferro está progredindo sem problemas e esperamos que essa tendência continue em 2020-21".

Ele destacou, contudo, que mantém a visão de que a Vale poderá levar alguns anos para atingir perto de 400 milhões de toneladas anuais em capacidade.

"Em relação aos resultados do terceiro trimestre de 2019, acreditamos que nossa previsão de Ebitda em cerca de 4,9 bilhões de dólares esta garantida: com volumes maiores sendo parcialmente compensados por menores realizações de preços de minério de ferro (por menores prêmios por qualidade) e taxas de frete mais altas", disse, reiterando recomendação de compra para as ações.

Correa também avaliou que a Vale divulgou números muito melhores em sua divisão de minério de ferro para o terceiro trimestre, impulsionada pela normalização nas operações a seco de Brucutu e Vargem Grande. No caso dos embarques de níquel e cobre, considerou que foram dados decentes, enquanto os volumes de carvão continuaram decepcionando.

"Embora as ações da Vale estejam inegavelmente baratas, basicamente sob qualquer métrica, acreditamos que o 'de-risking' das ações será um processo gradual", destacou.

Por volta das 10:45, os papéis da Vale caíam 1,75%, a 47,79 reais, enquanto o Ibovespa recuava 0,02%.