Ibovespa sobe com ajuda de Wall Street; Petrobras avança
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista buscava se sustentar no azul nesta terça-feira, véspera de vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, tendo de pano de fundo o começo da temporada norte-americana de resultados trimestrais, enquanto as negociações comerciais EUA-China permanecem adicionando certa cautela aos investidores.
Às 12:30, o Ibovespa subia 0,68%, a 105.013,53 pontos. O volume financeiro somava 5,3 bilhões de reais.
A equipe do BTG Pactual destacou que ainda há muitas dúvidas sobre o acordo anunciado na semana passada entre Estados Unidos e China e que, ao que tudo indica, os níveis de volatilidade devem continuar elevados, conforme nota enviada a clientes pela área de gestão de recursos do banco nesta terça-feira.
Pesquisa do BofA Merrill Lynch Data Analytics mostrou nova deterioração na confiança de gestores em relação ao mercado acionário brasileiro, com 47% dos entrevistados avaliando que o Ibovespa ficará acima de 110 mil pontos até o final do ano, uma queda em relação aos 54% da pesquisa anterior.
Agentes financeiros também chamaram a atenção para o começo da temporada de resultados nos EUA, que ajudará a mostrar a situação da economia norte-americana. Em Wall Street, números melhores do que o esperado do JPMorgan e da Johnson & Johnson davam algum suporte ao S&P 500, em alta de 1,16%.
"Investidores analisarão de perto os relatórios, dado cenário de desaceleração do crescimento global, queda das taxas de juros e uma série de riscos como Brexit e guerra comercial", acrescentou a equipe da XP Investimentos, em relatório a clientes.
No Brasil, a safra de balanços corporativos das empresas listadas no Ibovespa começa na próxima semana.
Ainda no radar estavam projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), que reduziu sua estimativa para o PIB global em 2019 para 3,0%. Para 2020, calcula que o mundo crescerá 3,4%. No Brasil, o FMI elevou a previsão para esse ano, a 0,9%, mas reduziu a de 2020 a 2%.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 1,7% cada, apesar da queda dos preços do petróleo e em meio à expectativa de votação no Senado nesta terça-feira da cessão onerosa, que define a distribuição entre Estados e municípios de um parte dos recursos de megaleilão de petróleo marcado para novembro.
- BRADESCO PN valorizava-se 1,4%, também endossando o Ibovespa no azul, enquanto BANCO DO BRASIL ON cedia 1%, conforme se aproxima a precificação de sua oferta secundária de ações, prevista para a quinta-feira. Ainda no setor, ITAÚ UNIBANCO PN tinha acréscimo de 0,23%.
- CSN ON valorizava-se 2,6%, em sessão mais positiva para o setor de mineração e siderurgia, com GERDAU PN subindo 3%. USIMINAS PNA tinha acréscimo de 1,6% e VALE mostrava variação positiva de 0,5%.
- MRV ON cedia 2,7% após corte no preço alvo pelo Citigroup, para 18,50 reais ante 20 reais, entre outros ajustes no setor promovidos pela equipe do banco.
- RUMO ON recuava 2,1%. A empresa divulgou na véspera que os volumes transportados em setembro recuaram 1,3% na comparação ano a ano, com as operaçoes norte mostrando alta de 2%, mas a sul, declínio de 2%. O acumulado do terceiro trimestre mostrou acréscimo de 7,7% na base ano a ano. O Credit Suisse destacou que os números ficaram abaixo de suas expectativas. "Os volumes precisam crescer em cerca de 13% no quarto trimestre ano a ano para a companhia alcançar o piso do guidance", afirmou o analista Felipe Vinagre.
- CIELO ON caía 1,9%, em sessão negativa para empresas de meio de pagamentos. A PagSeguro Digital
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