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Esperanças comerciais aproximam S&P 500 de novo recorde histórico

21/10/2019 18h14

Por April Joyner

NOVA YORK (Reuters) - O índice S&P 500 avançou para patamar próximo de uma máxima recorde nesta segunda-feira, à medida que novos sinais de progresso em direção a uma resolução da disputa comercial entre Estados Unidos e China ajudaram a alavancar as ações em setores sensíveis ao comércio e à economia global.

O Dow Jones fechou em alta de 0,21%, a 26.827,64 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,69%, para 3.006,72 pontos, e o Nasdaq Composto avançou 0,91%, a 8.162,99 pontos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a demonstrar tom otimista, enquanto o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que as tarifas sobre produtos chineses programadas para entrar em vigor em dezembro podem ser revogadas caso as conversas corram bem.

"As pessoas continuam otimistas de que alguma forma de trégua comercial com a China possa vir", disse Chris Zaccarelli, diretor de investimentos da Independent Advisor Alliance.

As ações de tecnologia, sensíveis ao comércio, subiram 1,1%, sendo as de maior influência positiva sobre o S&P 500. Empresas de semicondutores, que obtêm a maior parte de suas receitas na China, saltaram. O índice Philadelphia para o setor avançou 1,9%.

Sensíveis à economia, os setores de óleo e gás e financeiro lideraram os ganhos percentuais no S&P 500. As ações de energia ganharam 1,9%, enquanto as de empresas do segmento financeiro subiram 1,4%.

Os índices acionários também se beneficiaram do avanço da curva de rendimento dos Treasuries, bem como de balanços corporativos até aqui melhores do que o esperado, disse Mona Mahajan, estrategista de investimentos da Allianz Global Investors nos EUA. Na sessão desta segunda-feira, o S&P 500 ultrapassou a marca de 3 mil pontos, ficando a 0,7% de sua máxima recorde de fechamento.

"Estamos no aguardo de um avanço para além dessa marca", disse Mahajan. "Até agora, os primeiros sinais que vemos são favoráveis."

Mas a queda em papéis da Boeing limitou os ganhos no índice Dow Jones. As ações da fabricante de aeronaves cederam 3,8%, depois de diversas corretoras rebaixarem os "ratings" da empresa na esteira de notícias que colocaram em dúvida o retorno do jato 737 MAX aos serviços.

(Por April Joyner, com reportagem adicional de Shreyashi Sanyal e Medha Singh em Bengaluru)