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EPE estuda potencial para modernização de cerca de 50 GW em hidrelétricas no Brasil

23/10/2019 14h44

SÃO PAULO (Reuters) - A estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tem avaliado o potencial de modernização do parque de hidrelétricas brasileiro, que responde atualmente por cerca de 60% da capacidade instalada de geração do país.

A empresa de planejamento do Ministério de Minas e Energia disse que o país poderia investir na chamada repotenciação de cerca de 50 gigawatts em capacidade hídrica, distribuída por 51 usinas em diversas regiões, de acordo com versão preliminar do Plano Decenal de Energia 2029 divulgada nesta quarta-feira.

Essas ações ainda poderiam resultar em aumento da capacidade de até 20% nos empreendimentos que forem alvo dos investimentos, acrescentou a EPE, que citou estudos do Banco Mundial sobre a recapacitação de usinas.

"Considerando esta informação em conjunto com o potencial brasileiro de repotenciação, teríamos cerca de 2,5 GW a 10 GW de estimativa de incremento de potência no país", apontou a estatal no plano.

A EPE citou estudos segundo os quais mais da metade da capacidade hídrica global precisará passar por modernização até por volta de 2030, enquanto todas usinas da fonte deverão realizar alguma ação nesse sentido até 2050.

A estatal ainda apontou que tem examinado a viabilidade técnico-econômica das repotenciações de algumas usinas e como viabilizar a remuneração desses investimentos, "em estudo a ser publicado".

A EPE considera como elegíveis à modernização usinas que já estão em operação há pelo menos 25 anos, desconsiderando as que já passaram por processo para aumento de eficiência.

"Reforça-se que o aprimoramento de regras e ações que incentivem a modernização do parque hidrelétrico brasileiro pode resultar em ganhos técnicos e econômicos", apontou a EPE no PDE 2029.

Simulações da estatal apontam inclusive que a modernização das hidrelétricas poderia ser uma alternativa para fornecer potência ao sistema, ou capacidade de atendimento à demanda em horários de pico.

(Por Luciano Costa)