Investimento empresarial nos EUA continua fraco, mas pedidos de auxílio-desemprego têm queda
Por Lindsay Dunsmuir
WASHINGTON (Reuters) - Uma medida importante dos pedidos de bens de capital produzidos nos Estados Unidos caiu mais do que o esperado em setembro, e os embarques também recuaram, um sinal de que o investimento das empresas norte-americanas permanece fraco em meio às contínuas consequências da guerra comercial com a China.
Outros dados divulgados nesta quinta-feira, contudo, mostraram que a disputa ainda não teve muitos efeitos sobre mercado de trabalho.
O Departamento de Comércio dos EUA informou que os pedidos de bens de capital fora do setor de defesa e excluindo aeronaves --vistos como uma medida dos planos de gastos empresariais com equipamentos-- caíram 0,5% no mês passado, devido à menor demanda por equipamentos de transporte, veículos, peças de automóveis, computadores e produtos eletrônicos.
Os dados de agosto também foram revisados para mostrar que o núcleo dos pedidos de bens de capital caiu 0,6%, em vez de queda inicialmente informada de 0,4%.
Economistas consultados pela Reuters previam que o núcleo dos pedidos de bens de capital cairiam 0,2% em setembro.
Numa base anual, houve aumento de 1,0%. Os embarques do núcleo da medida de bens de capital recuaram 0,7% no mês passado. Tal número é usado para calcular os gastos com equipamentos na medição do Produto Interno Bruto (PIB) do governo. Os embarques para agosto foram revisados para baixo, ficando estáveis ante alta de 0,3% informada anteriormente.
"Os dados são voláteis, mas, para além da volatilidade, a tendência se enfraqueceu significativamente", disse Jim O'Sullivan, economista da High Frequency Economics.
Mas outro relatório divulgado nesta quinta-feira mostrou que o número de pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, apontando para um mercado de trabalho ainda apertado, mesmo com a desaceleração das contratações e do crescimento econômico.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego dos Estados Unidos caíram 6 mil, para uma taxa ajustada sazonalmente de 212 mil pedidos na última semana, informou o Departamento do Trabalho. Os dados da semana anterior foram revisados para cima, a 218 mil.
Economistas consultados pela Reuters previam que as solicitações chegariam a 215 mil na última semana.
Em outra nota, o Departamento de Comércio norte-americano disse que as vendas de novas casas unifamiliares nos Estados Unidos caíram em setembro, à medida que os estoques baixos continuam a pesar sobre as vendas, mesmo com os preços registrando a maior queda mensal em cinco anos.
As vendas de novas moradias caíram 0,7% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 701 mil unidades no mês passado, dentro das expectativas de especialistas.
O ritmo de vendas de agosto foi revisado para baixo, para 706 mil unidades, contra 713 mil unidades reportadas anteriormente.
O preço médio das casas novas caiu 8,8% em setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, para 299.400 dólares. Os preços recuaram 7,9% em relação ao mês anterior, a maior queda desde setembro de 2014.
(Por Lindsay Dunsmuir)
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