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Risco-Brasil se mantém nas mínimas em mais de 6 anos, com otimismo local e exterior

José de Castro

29/10/2019 16h24Atualizada em 29/10/2019 16h39

SÃO PAULO (Reuters) - Uma medida do risco-Brasil se mantinha nesta terça-feira no menor patamar em mais de seis anos, já atingido na véspera, após oito quedas consecutivas, em meio ao clima positivo nos mercados internacionais e ao ambiente de otimismo na cena doméstica, após a aprovação da reforma da Previdência.

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos —derivativo que mede o custo de proteção contra um calote da dívida soberana brasileira— se estabilizava em 117,15 pontos-base nesta terça-feira, depois de fechar nesse patamar na segunda, o menor nível para um encerramento desde 10 de maio de 2013 (111,179 pontos-base).

Foram oito quedas consecutivas, entre 17 e 28 de outubro, e o CDS perdeu 14,16 pontos-base, queda de 10,78%. No mesmo período, o dólar à vista se desvalorizou 3,91%, e o Ibovespa subiu 2,62%, para máximas recordes.

A melhora dessas medidas no mercado ganhou força depois de o Senado concluir, no último dia 23, a votação da reforma da Previdência, tirando definitivamente um importante fator de risco para o mercado.

Somado aos temas locais, sinais de progresso nas negociações tarifárias entre Estados Unidos e China, menor chance de um Brexit desordenado e expectativas de mais cortes de juros nos Estados Unidos também ajudaram a diminuir a percepção de risco, o que reduziu prêmios na dívida brasileira e colaborou para a queda do CDS.