Doria rejeita corte do ICMS sobre combustíveis como sugerido por Bolsonaro
SÃO PAULO (Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria, rejeitou veementemente nesta quarta-feira a ideia de os Estados reduzirem a alíquota de ICMS cobrada sobre os combustíveis como forma de compensar eventuais altas adicionais do produto devido à escalada internacional das cotações do petróleo.
"Não faz nenhum sentido jogar isso nas costas dos Estados", disse Doria a jornalistas, após participar de leilão de rodovia paulista, na B3. "Esse assunto nem será estudado."
Na sexta-feira passada, quando o petróleo Brent saltou 3,6% pelo acirramento das tensões entre Estados Unidos e Irã, a 68,80 dólares por barril, Bolsonaro afirmou que uma elevação no preço do petróleo poderia ser compensada por diminuição nas alíquotas do ICMS, imposto de competência estadual.
Porém, na segunda-feira, o diretor institucional do Comitê dos Secretários de Fazenda dos Estado (Comsefaz), André Horta, afirmou que os Estados brasileiros não conversaram sobre a redução do ICMS sobre combustíveis, como sugerido por Bolsonaro para aliviar as pressões sobre os preços.
(Por Aluísio Alves)
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