Lucro do Goldman Sachs recua com provisão relacionada a escândalo 1MDB
(Reuters) - O Goldman Sachs divulgou nesta quarta-feira uma queda acima do esperado no lucro trimestral nesta quarta-feira, reflexo de maiores provisões para cobrir os custos legais do escândalo de corrupção de 1MDB, ofuscando uma recuperação em sua divisão de negociação com ativos financeiros.
O lucro líquido do banco atribuível a acionistas ordinários caiu para 1,72 bilhão de dólares no trimestre encerrado em 31 de dezembro, ante 2,32 bilhões de dólares no ano anterior. O lucro por ação caiu de 6,04 dólares para 4,69 dólares.
Os analistas, em média, esperavam lucro de 5,47 dólares por ação, de acordo com a estimativa do IBES da Refinitiv.
O banco reservou 1,09 bilhão de dólares no quarto trimestre antes de um acordo esperado que poderia atingir 2 bilhões de dólares ou mais. O lucro do ano do Goldman teve um efeito de 3,16 dólar por ação em razão da provisão.
Os problemas jurídicos ocorrem no momento em que o presidente-executivo, David Solomon, está lançando uma grande mudança de estratégia, trabalhando para a construção de um grande negócio de varejo a fim de proteger o banco de oscilações violentas nos mercados financeiros.
No início de janeiro, o Goldman reformulou a maioria de suas principais linhas de relatórios e, pela primeira vez, revelou o tamanho de seus negócios de varejo, respondendo a pedidos de longa data de maior transparência por parte de analistas e investidores.
Na semana passada, o banco divulgou que a unidade, que inclui o banco de varejo online, Marcus, bem como seu negócio de cartões de crédito, registrou um aumento de 23% na receita, para 228 milhões de dólares durante o quarto trimestre.
Os rivais JPMorgan Chase & Co, Citigroup e Bank of America se orgulham de empresas de consumo muito maiores.
Apesar da queda nos lucros, o banco registrou um crescimento robusto da receita, com três de suas quatro principais linhas apresentando forte desempenho.
A receita dos mercados globais, que abriga trading, saltou 33%, para 3,48 bilhões de dólares, graças em parte às comparações mais fáceis do ano anterior, quando os mercados financeiros estavam agitados pela incerteza relacionada ao comércio e ao crescimento global.
As negociações de títulos subiram 63%, para 1,77 bilhão de dólares.
O forte desempenho das negociações refletiu tendência semelhante em outros grandes rivais - JPMorgan Chase, Citigroup e Bank of America.
O único ponto ruim para o Goldman durante o trimestre foi o banco de investimento, onde a receita caiu 6%, para 2,06 bilhões de dólares, afetada por menores taxas de consultoria de fusões e aquisições, além de uma desaceleração nos empréstimos corporativos.
A receita líquida total, no entanto, saltou 23%, para 9,96 bilhões de dólares.
As despesas operacionais aumentaram 42%, para 7,3 bilhões de dólares.
(Reportagem de Anirban Sen em Bangalore e Elizabeth Dilts em New York)
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