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BC anuncia nova oferta de até US$1 bi em swaps cambiais após usar esse instrumento pela 1ª vez desde 2018

13/02/2020 19h14

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central anunciou nesta quinta-feira que fará na sexta, dia 14, mais um leilão de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional, no equivalente a 1 bilhão de dólares, em oferta líquida desses ativos.

O BC realizou mais cedo a mesma operação, mas sem aviso prévio, num momento em que o dólar batia novos recordes históricos nominais acima de 4,38 reais.

A oferta líquida de swaps cambiais nesta quinta foi a primeira do tipo desde agosto de 2018. Desde então, o BC vinha apenas fazendo leilões de rolagem desses contratos e, posteriormente, iniciou a troca de instrumentos (de swap cambial para dólar à vista), visando suprir a demanda por moeda, então mais concentrada no mercado spot.

De acordo com o BC, os 20 mil contratos de swap cambial serão disponibilizados entre 9h30 e 9h40 de sexta. O lote será distribuído entre os vencimentos 3 de agosto de 2020, 1º de outubro de 2020 e 1º de dezembro de 2020.

Nesta quinta, os mesmos 20 mil ativos foram colocados no mercado, no equivalente a uma injeção líquida de moeda no mercado futuro no valor de 1 bilhão de dólares. A ação ajudou a baixar o dólar, que, depois de superar 4,38 reais durante os negócios, fechou esta quinta-feira em baixa de 0,34%, a 4,3356 reais na venda.

A intervenção do BC ocorre depois de semanas de firme depreciação do real, que se desvaloriza 7,44% neste ano ante o dólar (em termos nominais), pior desempenho entre 33 pares da moeda norte-americana.

O BC informou também nesta quinta-feira que dará sequência às rolagens de contratos de swap cambial que, por ora, vencem em 1º de abril. A autoridade monetária ofertará, entre 11h30 e 11h40, até 13 mil contratos, distribuídos entre os vencimentos 3 de agosto de 2020, 1º de outubro de 2020 e 1º de dezembro de 2020.

O lote de swaps a vencer em 1º de abril soma 11,729 bilhões de dólares. O total, considerando todos os vencimentos, vai a 35,472 bilhões de dólares.

(Por José de Castro)