México avalia se contrato de etano entre Pemex e Braskem Idesa pode ser cancelado
Por Diego Oré e Raúl Cortés Fernández
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O presidente do México, Andrés López Obrador, disse nesta quarta-feira que seu governo está avaliando se o contrato de fornecimento de etano acertado entre a petrolífera local Pemex e o consórcio petroquímico Braskem-Idesa pode ser cancelado.
"Estamos estudando se o contrato pode ser cancelado, se isso pode ser feito legalmente...há uma avaliação em andamento", disse Obrador a jornalistas.
Sob os termos do contrato, a Pemex está tendo que fornecer etano a preço bem abaixo do nível do mercado para a petroquímica do consórcio Braskem-Idesa próxima do porto de Coatzacoalcos.
A Braskem detém 70% de participação no consórcio e o grupo mexicano Idesa possui o restante.
Após as declarações do presidente mexicano, a Braskem-Idesa afirmou que o consórcio "continua com um diálogo construtivo com a Pemex para solucionar o desabastecimento de etano".
Representantes da Braskem no Brasil não puderam comentar o assunto de imediato.
O complexo petroquímico Etileno XXI, no sudeste do México, iniciou atividades em 2015, após investimento de 5,2 bilhões de dólares.
Se o contrato for cancelado, a Pemex deverá comprar do consórcio o complexo Etileno XXI, atualmente avaliado em cerca de 1,2 bilhão de dólares, além de pagar outras despesas, de acordo com um anexo ao contrato visto pela Reuters. O valor das instalações é depreciado até o final do contrato em 2034.
Antes do Etileno XXI entrar em operação, a Pemex tinha excesso de etano. Mas nos últimos anos, com um declínio sustentado da produção petrolífera, os 88 mil barris por dia (bpd) de etano são insuficientes para alimentar os complexos Morelos e Cangrejera com 66.900 bpd e cumprir o contrato para entregar 66 mil bpd para a Braskem-Idesa.
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