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Dólar se mantém acima de R$5 e tem maior alta semanal desde agosto de 2018

20/03/2020 17h17

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar voltou a fechar em queda ante o real nesta sexta-feira, chegando a descer abaixo de 5 reais, mas a moeda deixou as mínimas na parte da tarde conforme os mercados externos voltaram a piorar o sinal diante das persistentes incertezas sobre os impactos econômicos do coronavírus.

Na mínima do dia, às 14h21, a cotação desceu a 4,9833 reais na venda. Mas a partir de então recobrou parte das forças e bateu 5,0585 reais às 16h28. Dez minutos depois o Banco Central anunciou leilão de venda de dólar spot, que teve colocação de 175 milhões de dólares.

A cotação retomou a queda depois da operação, atingindo 5,0102 reais às 16h47, mas as compras tornaram a aparecer e empurraram a divisa para o fechamento de 5,0274 reais na venda, queda de 1,50%.

Na véspera, o dólar já havia caído 1,83% ante o real. Ainda assim, cravou nesta semana a alta mais forte para o período desde a semana finda em 24 de agosto de 2018 (+4,85%).

No exterior, o S&P 500, referência da Bolsa de Nova York, caiu 4,3%, concluindo a pior semana desde 2008.

Em 2020, o dólar acumula apreciação de 25,28%. O Itaú Unibanco revisou para cima nesta sexta a projeção para o dólar ao fim deste ano, de 4,15 reais para 4,60 reais.

"A moeda brasileira deve seguir pressionada nos próximos meses", disse o banco em nota na qual revisou estimativas para indicadores brasileiros. "Mas vemos espaço para apreciação, na medida em que o choque seja dissipado", ponderou o banco.

Na B3, o dólar futuro tinha queda de 0,99% nesta sexta, a 5,0495 reais, às 17h42.