Pedidos de seguro-desemprego nos EUA batem novo recorde; 6 milhões já entraram
O número de norte-americanos que apresentaram pedidos de seguro-desemprego na semana passada atingiu um recorde pela segunda semana consecutiva, superando 6 milhões, à medida que mais jurisdições impõem medidas de isolamento em casa para conter a pandemia de coronavírus, que os economistas dizem ter empurrado economia para uma recessão.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para 6,65 milhões na última semana, ante 3,3 milhões na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira.
A leitura superou com folga a mediana das estimativas de 3,5 milhões de pedidos em uma pesquisa da Reuters com economistas.
O relatório semanal do governo, com os dados mais atualizados sobre a saúde da economia, ofereceu a evidência mais clara de que o maior boom de empregos na história dos EUA provavelmente terminou em março.
Mais de 80% dos norte-americanos estão sob algum tipo de bloqueio, número maior que os menos de 50% há duas semanas, deixando os escritórios estaduais de emprego sobrecarregados por uma avalanche de pedidos.
Economistas dizem que o país deve se preparar para que os pedidos de auxílio-desemprego continuem aumentando, citando parcialmente provisões generosas de um histórico pacote fiscal de US$ 2,2 trilhões assinado pelo presidente Donald Trump na última sexta-feira e o alívio das exigências do governo federal para que os trabalhadores busquem benefícios.
Como resultado, trabalhadores autônomos e trabalhadores que anteriormente não podiam pedir auxílio-desemprego agora são elegíveis. Além disso, os desempregados receberão até US$ 600 por semana por até quatro meses, o que equivale a US$ 15 por hora por uma semana de trabalho de 40 horas.
Em comparação, o salário mínimo exigido pelo governo é de cerca de US$ 7,25 por hora e o pagamento médio do auxílio-desemprego era de aproximadamente US$ 385 por pessoa por mês no início deste ano.
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