Diretor da OMS não é médico, diz Bolsonaro ao questionar recomendações sobre coronavírus
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta quinta-feira a necessidade de o Brasil seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o distanciamento social para conter a disseminação do coronavírus, e afirmou que o diretor-geral da agência não é médico.
"Eu estou respondendo a processo dentro e fora do Brasil, estou sendo acusado de genocídio por ter defendido uma tese diferente da OMS. O pessoal fala tanto de seguir OMS... o diretor-presidente da OMS é medico? Não é médico", disse Bolsonaro em transmissão de vídeo ao vivo no Facebook ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
"Mesma coisa que falar aqui no Brasil que o presidente da Caixa não fosse alguém da economia. Não tem cabimento. Se eu fosse presidente da Caixa, não iria fazer nada", acrescentou.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS desde 2017, tem doutorado em saúde comunitária pela Universidade de Nottingham e mestrado em imunologia das doenças infecciosas pela Universidade de Londres, sendo reconhecido como especialista em saúde, pesquisador e diplomata, com experiência em pesquisas, atividades e liderança de respostas de emergência a epidemias, segundo currículo divulgado no site da agência.
Bolsonaro discorda da orientação da OMS pelo isolamento social das pessoas como melhor forma de conter o vírus. Segundo ele, os impactos econômicos da paralisação provocada pelo isolamento são piores do que a própria doença.
"Se a nossa renda vai cair, a morte chega mais cedo e isso que sempre busquei levar ao conhecimento público", disse Bolsonaro. "Eu não podia fugir da verdade."
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello em Brasília)
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