Gilead diz que testes com remdesivir mostram melhora em pacientes com Covid-19
Por Carl O'Donnell e Manas Mishra
(Reuters) - A farmacêutica Gilead disse nesta quarta-feira que seu remédio antiviral experimental remdesivir ajudou a melhorar as perspectivas de pacientes com Covid-19, e forneceu dados que levam a crer que ele funciona melhor quando administrado no início da infecção.
Acompanhado atentamente, o medicamento movimentou os mercados nas últimas semanas na esteira da divulgação de vários estudos que pintaram um quadro variado de sua eficiência. Nesta quarta-feira, os mercados como um todo voltaram a se animar com os dados e as ações da Gilead subiram 2,4%.
A Gilead deu informações de dois testes clínicos em andamento. A empresa disse que um estudo a cargo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (Niais) atestou seu objetivo principal de ajudar pacientes com Covid-19, a doença causada pelo coronavírus.
Os resultados do teste eram aguardados ansiosamente porque compara pacientes que receberam remdesivir com outros que não o receberam. Na sexta-feira, o principal pesquisador do teste disse à Reuters que os resultados podem sair em meados de maio, e que conclusões preliminares são possíveis ainda antes.
Informações mais detalhadas sobre este estudo serão disponibilizadas em uma data futura, disse a farmacêutica.
A Gilead também forneceu dados de um estudo que realizou em dezenas de centros médicos que não compara o uso do remdesivir com um placebo.
Neste teste, a Gilead disse que 62% dos pacientes tratados rapidamente com o remdesivir tiveram alta do hospital, e 49% dos pacientes que foram tratados mais tarde.
"Isto é uma boa notícia para a Gilead e o mercado", disse Michael Yee, analista da consultoria Jefferies, em relatório.
O teste incluiu 397 pacientes e avaliou a segurança e a eficiência de regimes de doses de cinco dias e 10 dias de remdesivir em pacientes hospitalizados com manifestações graves da Covid-19.
"O estudo demonstra o potencial de se tratar alguns pacientes com um regime de cinco dias, o que poderia ampliar significativamente o número de pacientes que poderiam ser tratados com nosso suprimento atual de remdesivir", disse Merdad Parsey, médico-chefe da Gilead Sciences, em comunicado.
(Reportagem adicional de Deena Beasley)
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