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GE Aviation cortará 25% da força de trabalho

04/05/2020 12h30

Por David Shepardson

WASHINGTON (Reuters) - A General Electric disse nesta segunda-feira que planeja cortar a força de trabalho global de sua unidade de aviação este ano em até 25%, ou até 13 mil empregos, incluindo demissões voluntárias e involuntárias, citando as prolongadas reduções nos cronogramas de voos de aeronaves causadas pela pandemia de coronavírus.

Os cortes de empregos são os mais recentes problemas de produção para o setor, que agora devem durar até 2021, uma vez que a demanda por viagens aéreas comerciais nos EUA caiu 95%.

Na semana passada, a Boeing disse que vai cortar 10% da sua força de trabalho global, ou 16 mil empregos, uma vez que reduziu algumas taxas de produção.

Os cortes da GE Aviation fazem parte de plano para economia de 3 bilhões de dólares, anunciado pela empresa no mês passado e incluem demissões anunciadas anteriormente, incluindo redução de 10% na força de trabalho dos EUA.

O presidente-executivo da GE Aviation, David Joyce, disse a funcionários nesta segunda-feira que "a profunda contração da aviação comercial é sem precedentes, afetando todos os clientes em todo o mundo. O tráfego global deverá diminuir aproximadamente 80% no segundo trimestre".

Nem a GE nem a Boeing optaram por solicitar assistência governamental de um fundo do Tesouro dos EUA de 17 bilhões de dólares para empresas relacionadas à segurança nacional. A Boeing disse que vai contar com 25 bilhões de dólares captados em uma nova oferta de bônus.

O presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, disse na semana passada que espera que "demore dois a três anos para que as viagens retornem aos níveis de 2019 e que levará alguns anos para que o setor volte às tendências de crescimento de longo prazo".

A brasileira Gol, por exemplo, é uma das principais clientes da Boeing na América Latina e afirmou nesta segunda-feira que planeja manter oferta reduzida de voos até o final do ano por causa dos impactos na demanda causados pela pandemia.