Cargill diz ter registrado seis casos de coronavírus em planta no Brasil
Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) - Uma planta operada pela norte-americana Cargill em Minas Gerais registrou até este momento seis casos de coronavírus, disse a empresa em um comunicado enviado à Reuters nesta terça-feira.
A Cargill informou ainda que a maior parte dos funcionários diagnosticados com a doença respiratória na fábrica de Uberlândia já voltou ao trabalho, após receber atendimento médico e autorização para o retorno.
A Cargill processa soja e milho na unidade de Uberlândia para a produção de amidos e adoçantes. A planta também produz acidulantes, utilizados para fazer alimentos e bebidas.
No início do dia, a Cargill havia confirmado "alguns" casos de Covid-19 em Uberlândia, mas sem especificar a quantidade.
"Confirmamos que tivemos alguns casos de Covid-19 na fábrica em Uberlândia (MG). Os funcionários receberam os devidos cuidados médicos e as pessoas que tiveram contato próximo foram notificadas individualmente e entraram em quarentena por 14 dias, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde", afirmou a empresa inicialmente.
A Cargill acrescentou que até o momento não sofreu interrupções em suas operações devido à pandemia do vírus.
O presidente do sindicato de trabalhadores da indústria de alimentos de Uberlândia, Humberto Ferreira, disse à Reuters por telefone que teve conhecimento sobre um empregado da Cargill diagnosticado com Covid-19.
Ele afirmou que o caso foi descoberto há cerca de três semanas e não impactou as operações da unidade. Ainda assim, todas pessoas que entraram em contato com o trabalhador infectado foram submetidas a uma quarentena para evitar a propagação da doença.
Ferreira disse que os trabalhadores afetados têm sido gradualmente autorizados a retornar ao trabalho na unidade. Ele também informou que a planta em Uberlândia emprega entre 1,3 mil e 1,4 mil pessoas.
A Cargill disse no final de abril que a pandemia de coronavírus representa um novo desafio para a companhia, que começou suas operações no Brasil em 1965.
"Vamos lidar com um cenário sem precedentes nas últimas gerações", disse o presidente da empresa no Brasil, Paulo Sousa, quando a empresa divulgou seus resultados financeiros. "Mas seguimos apostando no potencial, e fazendo nossa parte, em ter o Brasil como um fornecedor confiável de alimentos para o mundo", acrescentou o executivo na ocasião.
Segundo Ferreira, do sindicato, a contaminação pelo novo coronavírus não aconteceu dentro da planta de Uberlândia.
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