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CCR posterga investimentos e vai pedir aditivo a contratos devido à crise

Pedágio na rodovia Castello Branco, na Grande São Paulo, em trecho administrado pela concessionária CCR  - Julia Chequer - 13.jun.2012/Folhapress
Pedágio na rodovia Castello Branco, na Grande São Paulo, em trecho administrado pela concessionária CCR Imagem: Julia Chequer - 13.jun.2012/Folhapress

Aluisio Alves

14/05/2020 19h56

A CCR está postergando alguns investimentos inicialmente previstos para este ano e planeja pedir aditivos a contratos de concessão para compensar as perdas oriundas da crise provocada do coronavírus.

Devido às medidas de isolamento social para conter a covid-19, doença causada pelo vírus, a companhia disse na semana passada que no começo de maio teve queda de cerca de 20% em algumas das principais rodovias que administra no país. Nas concessões de mobilidade urbana a queda na movimentação de passageiros foi 74% menor e nas concessões de aeroportos, as quedas comparativas foram de 96,8%.

"Entendemos que a situação atual pode ser classificada como de força maior, o que permite aditivo aos contratos de concessão", disse à Reuters nesta quinta-feira o gestor de relações com investidores da CCR, Marcus Vinícius Vieira. "Será objetivo de pleito nosso."

A CCR também está adiando para 2021 alguns dos investimentos inicialmente previstos para este ano, disse o executivo, uma vez que a companhia ajusta seu orçamento e contas financeiras diante do atual cenário, para reforçar sua liquidez.

A companhia contratou em abril 700 milhões de reais para reforçar seu caixa, que era de 5 bilhões de reais no fim de março, acrescentou Vieira.

A CCR anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 289,7 milhões de reais entre janeiro e março, queda de 19% ante mesma etapa do ano passado.

A receita líquida da companhia subiu 8,2% ano a ano, a 2,38 bilhões de reais.

Já o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou 1,467 bilhão de reais, um aumento de 6,1%. A margem Ebitda ajustada na mesma base caiu 1,6 ponto percentual, para 61,1%.

A CCR fechou março com dívida líquida de 13,8 bilhões de reais, o que equivalia a 2,4 vezes o Ebitda ajustado, índice pouco menor do que os 2,6 vezes de um ano antes.