Prorrogação elevará gasto com auxílio para R$ 203 bilhões, diz secretário
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou hoje que o pagamento adicional de mais duas parcelas do auxílio emergencial, em valor somado de R$ 600, iria custar mais R$ 51 bilhões aos cofres públicos, elevando a despesa total com o programa a cerca de R$ 200 bilhões.
Em entrevista coletiva virtual, o secretário afirmou que o valor da extensão do benefício, pago a trabalhadores informais, autônomos e desempregados, ainda está sendo discutido no governo.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já anunciou que acertou com a equipe econômica o pagamento de uma quarta e quinta parcelas do auxílio, em valor inferior aos R$ 600 pagos nas três primeiras vezes, mas não houve ainda um anúncio oficial da prorrogação.
"Se tivermos, por exemplo, a prorrogação em duas parcelas com valores menores, mas que somem aproximadamente R$ 600, estaremos falando de mais R$ 51 bilhões, e, portanto, a soma do programa como um todo ficaria em torno de R$ 203 bilhões, R$ 202 bilhões", disse Waldery.
O secretário explicou que o valor em definitivo ainda será fechado pela equipe econômica, mas que, caso o custo total do programa ultrapasse os R$ 200 bilhões, o Orçamento público irá contemplar essa dotação.
Até o momento, a previsão de despesa com as três parcelas do auxílio, no valor de R$ 600 cada, é de R$ 151,5 bilhões, de acordo com Waldery.
Recursos do Bolsa Família à propaganda
Waldery também afirmou que a transferência de quase 84 milhões de reais do Bolsa Família para a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), em portaria assinada na terça-feira (2), atende a demandas setoriais do poder público.
Ele também pontuou que esse valor corresponde a 0,05% do atual custo total do auxílio emergencial, de R$ 151,5 bilhões, e que houve atendimento integral aos beneficiários do Bolsa Família, com 95% dos cadastrados recebendo uma cobertura maior do que antes, já que houve uma migração para o auxílio.
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