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México deve propor que negociador do Nafta lidere OMC, dizem fontes

Sede da OMC em Genebra - DENIS BALIBOUSE
Sede da OMC em Genebra Imagem: DENIS BALIBOUSE

De Frank Jack Daniel

Cidade do México (México)

08/06/2020 09h49

O México deve propor o alto executivo de comércio Jesús Seade, que ajudou a reformular o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), como candidato para ser o próximo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), disseram fontes ontem.

O posto da OMC ficará vago no final de agosto, já que o titular Roberto Azevêdo, do Brasil, disse que deixaria o cargo um ano antes.

O próximo diretor-geral enfrentará as tensões entre Estados Unidos e China e o crescente protecionismo exacerbado devido à pandemia do novo coronavírus.

Atualmente, Seade é vice-ministro das Relações Exteriores do México para a América do Norte e tem experiência em trabalhar com a China e com os Estados Unidos. Duas fontes com conhecimento das discussões disseram à Reuters que ele será o candidato do México para substituir Azevêdo.

A notícia foi divulgada pela primeira vez pelo jornal mexicano El Universal. O gabinete do presidente e o Ministério das Relações Exteriores não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Seade foi vice-diretor geral da OMC quando foi criada no início dos anos 1990. Quando o presidente Andrés Manuel López Obrador assumiu o cargo em 2018, Seade foi escolhido para liderar as negociações de um novo acordo comercial norte-americano para substituir o Nafta.

Anteriormente, Seade trabalhou em universidades de Hong Kong por mais de uma década.

Os membros da OMC podem indicar cidadãos de seus países como candidatos de 8 de junho a 8 de julho. Vários nomes foram citados como possíveis candidatos da África e da Europa, com alguns na Europa considerando que a liderança do órgão comercial deve alternar entre o mundo em desenvolvimento e o mundo desenvolvido.