OMS diz esperar que comunicação do Brasil sobre Covid-19 seja "consistente e transparente"
(Reuters) - A Organização Mundial da Saúde espera que o Brasil seja "consistente e transparente" nas informações sobre a situação da pandemia de Covid-19 no país, afirmou nesta segunda-feira o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, após o Ministério da Saúde modificar a forma de divulgar os números de casos e mortes.
"É muito importante que as mensagens sobre transparência e compartilhamento de informação sejam consistentes e que possamos confiar em nossos parceiros no Brasil para nos fornecer informações, mas, ainda mais importante, para a população, os cidadãos", disse Ryan em entrevista a jornalistas via videoconferência.
"As pessoas precisam entender o que está acontecendo, precisam entender onde está o vírus, precisam saber como lidar com os riscos, portanto, esperamos poder confiar que qualquer confusão que exista neste momento no Brasil possa ser resolvida e que o governo brasileiro e os Estados do Brasil possam continuar a se comunicar de forma consistente e transparente com seus cidadãos, de forma a levar essa epidemia a um fim o mais brevemente possível."
Desde sexta-feira o ministério deixou de divulgar os números totais de casos e mortes provocadas pela Covid-19 no país e retirou do ar informações detalhadas sobre o avanço da pandemia, passando a informar apenas os dados das últimas 24 horas.
No domingo, o Ministério da Saúde divulgou números divergentes de casos e de mortes relacionados à Covid-19. Nesta segunda-feira de manhã, o ministério corrigiu a divergência nos números.
O Ministério da Saúde informou também no domingo que fará uma nova mudança na forma de divulgação dos dados da epidemia, passando a registrar os casos e óbitos na data da ocorrência, e não mais no dia de registro. A medida contraria o que é feito em todos os principais países do mundo.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos (1,9 milhão de casos), e o terceiro em termos de óbitos, atrás de EUA (110,3 mil) e Reino Unido (40,5 mil). No entanto, o país registra atualmente a maior aceleração de disseminação de casos no mundo, com números diários acima inclusive daqueles registrados nos EUA.
(Reportagem de Emma Farge em Genebra)
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