Demanda global por gás deve ter maior queda anual já registrada, diz IEA
Por Nina Chestney
LONDRES (Reuters) - A crise do coronavírus e um inverno de temperaturas medianas no Hemisfério Norte colocaram a demanda global por gás natural a caminho da maior queda anual já registrada, disse a Agência Internacional de Energia (IEA) em relatório anual de perspectivas para o setor divulgado nesta quarta-feira.
A demanda global por gás deve recuar 4%, ou 150 bilhões de metros cúbicos (bmc), para 3.850 bmc neste ano, em um tombo duas vezes maior que o visto após a crise financeira global de 2008.
Importantes mercados de gás viram os preços caírem para mínimas recorde à medida que quarentenas contra o coronavírus e a menor produção industrial pressionaram a demanda.
A indústria de óleo e gás já está cortando investimentos e adiando decisões de investimento. Embora uma retomada na demanda seja esperada em 2021, a IEA não espera um retorno rápido aos níveis anteriores à crise.
No total do ano, mercados mais maduros na Europa, América do Norte e Ásia devem ter as maiores reduções de demanda, respondendo por 75% da queda total em 2020.
"A demanda global por gás deve se recuperar gradualmente ao longo dos próximos dois anos, mas isso não significa que ela irá voltar rapidamente a como era antes", disse o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol.
A expectativa é que o gás natural liquefeito (GNL) siga como principal fator por trás do crescimento do comércio global de gás no futuro, mas o setor de GNL corre riscos de prolongado excesso de oferta, à medida que a expansão da capacidade de exportação como fruto de investimentos decididos no passado deve superar a elevação da demanda, que será mais lenta do que o esperado, apontou o relatório.
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