Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem, mas milhões seguem desempregados
As demissões nos Estados Unidos estão diminuindo, mas milhões de pessoas que perderam o emprego por causa da covid-19 continuam obtendo benefícios de desemprego, sugerindo que o mercado de trabalho pode levar anos para se recuperar da pandemia, mesmo quando as empresas retomarem a contratação de trabalhadores.
Os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram para 1,542 milhão na semana encerrada em 6 de junho, segundo dado com ajuste sazonal, ante 1,897 milhão na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho hoje.
Com isso, os pedidos para o auxílio afastaram-se de um recorde de 6,867 milhões registrados no final de março. Economistas consultados pela Reuters previam 1,55 milhão de pedidos na última semana.
Mas o número de pessoas que têm recebido os benefícios permaneceu alto, com o chamado número de reivindicações continuadas em 20,929 milhões na semana encerrada em 30 de maio, os dados mais recentes disponíveis para essa métrica.
O número ainda representa queda ante os 21,268 milhões na semana anterior.
O relatório semanal de reivindicações de auxílio-desemprego, que traz dados importantes sobre a saúde da economia, vem após notícia na sexta-feira sobre um aumento surpreendente de 2,5 milhões de vagas fora do setor agrícola em maio.
O número reforçou visões de que o mercado de trabalho resistiu ao pior da turbulência. Mas os pedidos de auxílio-desemprego ainda estão em nível que representa mais do que o dobro do seu pico durante a Grande Recessão de 2007-09.
O Federal Reserve sinalizou na quarta-feira que poderá fornecer anos de apoio extraordinário à economia, projetando uma taxa de desemprego de 9,3% no final do ano. A taxa de desemprego dos EUA saltou de 3,5% em fevereiro para 13,3% em maio.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres na quarta-feira que haverá um "período prolongado" durante o qual seria "difícil para muitas pessoas encontrar trabalho".
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